segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

Super Aguri: Sobrevivência em risco

“Não apostaria minha vida nisso”. Foram com essas palavras que Max Mosley, presidente da FIA (Federação Internacional de Automobilismo), se pronunciou neste início de ano sobre a presença da Super Aguri na abertura do Mundial.

Com a saúde financeira abalada, a jovem escuderia comandada pelo ex-piloto Aguri Suzuki ainda sequer anunciou a sua dupla de pilotos, embora dificilmente deva alterar o elenco formado por Takuma Sato e Anthony Davidson.


Outro fator preocupante para o time filial da Honda diz respeito ao seu carro para a nova temporada, nada mais nada menos que a draga utilizada pela matriz no campeonato passado.

Embora deva trazer alguma alteração no bólido, cujo lançamento oficial foi adiado para data indeterminada, é muito improvável que a Super Aguri consiga transformar água em vinho. Dará se por feliz, caso garanta de fato a participação no certame, se andar na frente da Force Índia, ex-Spyker.

Pontuar então, como fez no último ano, será praticamente uma vitória para o esquadrão japonês. E uma vergonha para a Honda de fábrica, caso esta repita o fracasso de 2007.



18) Takuma Sato (Japão)
31 anos
86 GP’s Disputados
0 Pole-Positions
0 Vitórias
1 Pódio
0 Melhores Voltas
44 Pontos
Estréia em 2002 (GP da Austrália)

Simpatia, velocidade e dedicação são três qualidades encontradas no melhor piloto japonês que a Fórmula 1 já conheceu e que em 2008 se tornará o nipônico com o maior número de GPs disputados na categoria: 104 provas.

Responsável pelos únicos pontos da Aguri no ano passado, Takuma deixará seus torcedores muito satisfeitos se conseguir uma nova exibição como a do GP do Canadá, quando ultrapassou ninguém menos do que Fernando Alonso.

Só falta saber se ele será capaz de fazer milagre com o chassi utilizado pela Honda em 2007. A princípio, uma missão quase impossível. Mas não subestimemos o querido “Sato San”, que há cinco anos surpreendeu a todos ao finalizar a etapa do Japão em quinto com a já decadente equipe Jordan.


19) Anthony Davidson (Inglaterra)
28 anos
20 GP’s Disputados
0 Pole-Positions
0 Vitórias
0 Pódios
0 Melhores Voltas
0 Pontos
Estréia em 2002 (GP da Hungria)

Conhecido pelas fortes atuações nos treinos livres dos GPs em 2004 e 2006, quando algumas equipes eram liberadas para andar com três carros nas sextas-feiras, este ex-piloto de testes de BAR e Honda — que estreou em corrida pela Minardi — ficou aquém das expectativas no ano passado, em sua primeira temporada completa na categoria.

Terminou o certame sem nenhum ponto, contra quatro do companheiro Sato. O ritmo constante nas provas, no entanto, pode ser apontado como único ponto positivo do inglês, que se realmente tiver sua permanência confirmada na Super Aguri, terá de mostrar muito serviço para se manter vivo no grid.

TD) James Rossiter (Inglaterra, 24 anos)

A relação deste britânico com os dirigentes japoneses iniciou-se em 2005, ainda na época da BAR. No ano seguinte, foi piloto de testes do time já batizado de Honda e passou 2007 exercendo a função tanto para a escuderia oficial como para a satélite Super Aguri, tendo como prioridade a segunda.

Para este ano, Rossiter, cujo maior trunfo do currículo é o terceiro lugar no campeonato inglês de F-3, obtido em 2004, deve ser escalado para treinar somente pela equipe filial e, talvez, participar de uma ou outra corrida em outras categorias do continente europeu. Na F-1, dificilmente conseguirá uma vaga de titular.

Ficha Técnica da Equipe

Primeiro GP: 2006 (Bahrein)
GP’s Disputados: 35
Vitórias: 0
Poles: 0
Pontos: 4
Melhores Voltas: 0
Títulos de Pilotos: 0
Títulos de Construtores: 0

Cúpula
Chefe de equipe: Aguri Suzuki
Diretor técnico: Mark Preston
Projetista chefe: Peter McCool
Chefe de aerodinâmica: Ben Wood
Engenheiro de corrida (Sato): Richard Connell
Engenheiro de corrida (Davidson): A ser anunciado

Patrocinadores Principais: Honda, Seiko, Samantha Kingz, Four Leaf, Autobacs e Pioneer.

Grau de Força: Candidata à última fila do grid.

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