segunda-feira, 3 de março de 2008

Uma italiana que merece ser lembrada

Um dia de lembrança e homenagem neste blog. Há exatos 16 anos, morria a única mulher que conseguiu pontuar na Fórmula 1: Maria Grazia Lombardi, mais conhecida como Lella Lombardi.

A italiana de cabelos curtos, corajosa e sempre sorridente foi a segunda representante do sexo feminino a encarar os desafios de uma categoria predominantemente masculina — a pioneira foi sua compatriota Maria Teresa de Fillipis, que correu entre 1958 e 1959.

O primeiro contato da baixinha com um carro de F-1 aconteceu no GP da Inglaterra de 1974, a bordo de um Brabham Ford. Lella, porém, não conseguiu se classificar para a corrida, êxito que só foi alcançar no ano seguinte, correndo com um March, no GP da África do Sul.

Até 1976, a italiana contabilizou 18 etapas em seu currículo e a façanha de chegar na sexta posição no tenebroso GP da Espanha de 75, vencido por Jochen Mass e marcado por um terrível acidente que vitimou o piloto Rolf Stommelen e cinco espectadores.

O sexto lugar renderia um ponto a Lella. No entanto, como a prova foi interrompida com menos da metade de voltas finalizadas, os corredores receberam apenas a metade dos tentos. Sendo assim, 0,5 para a garota.

No período em que esteve na categoria, a piloto teve quatro companheiros de equipe: Joachim Hans Stuck, Jacques Laffite, Bob Evans e Loris Kessel. Ao todo, percorreu 363 voltas e 2.162 quilômetros.

Nascida em 26 de março de 1941, Lella estaria com 66 anos hoje, não fosse um câncer em seu destino, que a levou em 3 de março de 1992. Depois dela, outras três moças passaram pela F-1: Divina Galica, Desire Wilson e Giovanna Amati.

Teremos um dia uma outra mulher alinhando no grid da principal classe do esporte a motor? Seria ótimo. A porta, por menor que seja, já foi aberta. Por grandes heroínas.

7 comentários:

Anônimo disse...

Ótima e merecida homenagem. Parabéns!

Anônimo disse...

Quem sabe a Danica Patrick não apareça num F1 daqui a uns anos. O bom mesmo seria a nossa Bia Figueiredo!

Anônimo disse...

Meio ponto! Nem isso o Rubinho conseguiu no ano passado! rss.
Brincadeira.

Anônimo disse...

Se ela tivesse um carro bom, certamente daria canseira em muito marmanjo.

Anônimo disse...

Não acho que teremos uma outra mulher na F-1. Trata-se de um mundo muito mesquinho e machista.

Anônimo disse...

Concordo com o amigo Roberto! Estou na torcida para ver a Bia andando com um F-1. anda muito aquela menina. Tomara que se dê bem nos EUA este ano.

Anônimo disse...

Esses homens têm medo de perder para nós, mulheres. Por isso impedem a nossa chegada na F-1.