As ruas de Monte Carlo abrigam anualmente o mais charmoso GP da Fórmula 1. Pelo fato de Mônaco ser um dos menores países do planeta, pelo fato de ser um dos mais ricos, pelo cassino, pelos iates, entre outros fatores.
Em termos de "emoção na pista", no entanto, muitas vezes o espetáculo deixa a desejar. O traçado estreito dificulta as ultrapassagens, já tão raras na categoria. Por isso o nosso "amigo narrador" explica todos os anos:
- Largar na pole é por uma mão na vitória, AMIGO.
De fato. E se pensarmos assim, Fernando Alonso deu um passo largo na direção de sua segunda vitória na temporada e segundo triunfo pela McLaren.
Entretanto, o fator "bizarrices" é bem mais acentuado no Principado do que em qualquer outra etapa do Mundial. Como o Leandro lembrou, casos clássicos como o da vitória de Panis não são tão difíceis de se ver. No ano seguinte, por exemplo, a Williams tinha um carro melhor preparado do que a Ferrari - fato é que Frentzen fez a pole - e era a favorita.
Mas numa decisão lamentável, Frentzen e Villeneuve, que largava em terceiro, alinharam no grid com pneus de pista seca, sendo que o asfalto estava bastante úmido. Resultado: Schumacher passeou e venceu com muita tranquilidade, exceção feita ao momento em que passou reto numa curva e precisou fazer manobras para retornar ao traçado correto. Em segundo lugar, Rubens Barrichello. Depois de largar em décimo, galgou posições e marcou os únicos seis pontos da Stewart no seu ano de estréia.
Portanto é melhor esperarmos um pouco para apostarmos todas as fichas no bicampeão. É o favorito? Sem dúvida...
Mas tenho uma impressão tão forte que a zebra vai passear em Mônaco amanhã...
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