Quatro promessas que não vingaram
"Dinossauros": somando o número de cada um de vitórias e poles, o quarteto formado pelos pilotos mais experientes da categoria - Rubens Barrichello, David Coulthard, Giancarlo Fisichella e Ralf Schumacher - possui nada menos do que 34 triunfos e 30 largadas da posição de honra. Marcas expressivas, de competidores em que se depositaram muitas expectativas no início das respectivas carreiras.
Mas poucos são aqueles que efetivamente vingam na categoria. Quando falo em "vingar", quero me referir a "ser campeão". Por um motivo ou outro, todos esses rapazes supra-citados nunca chegaram ao topo, apesar de alguns terem chegado bem perto. Afinal, todos passaram ou estão em equipes grandes: Barrichello na Ferrari, Coulthard na Williams e na McLaren, Fisichella na Renault e Ralf na Williams.
Outro ponto em comum entre eles é o fato de terem sido superados pelos companheiros durante os períodos que estiveram nessas equipes de peso. Coulthard foi parceiro de Hakkinen entre 1996 e 2001, terminando atrás do parceiro justamente na trinca de anos em que o carro prateado era o mais rápido (98-2000). Físico apanhou feio de Alonso nas últimas duas temporadas e Ralf, em 2003, assistiu Montoya lutar pelo título até a penúltima etapa do campeonato.
De longe, aquele que mais sofreu com um team-mate foi Barrichello. Estar ao lado do maior vencedor de todos os tempos por seis temporadas, sabendo que as chances de superá-lo eram mínimas, fez com que a cabeça do brasileiro vivesse em parafuso. Incontáveis foram as vezes nas quais ouvimos declarações do tipo "o carro dele é melhor que o meu", ou "sou apenas um brasileirinho", entre outras.
Todos eles estão prestes a terminar as respectivas carreiras. Apesar das declarações sempre apontarem o oposto, acredito que nenhum desses caras estará na Fórmula 1 em 2009. Os lugares mais ameaçados, já para o ano que vem, são os de Ralf na Toyota e Fisichella na Renault, que podem ser trocados por Christian Klien ou Takuma Sato e Nélson Ângelo Piquet, na ordem.
Quando pendurarem as luvas, os componentes deste quarteto certamente estarão cheios de saúde, com muito dinheiro no bolso, famílias estabilizadas, ou seja, a vida que todos pediram a Deus. Mas, lá no fundo, também guardarão a sensação um tanto amarga de nunca terem sido os melhores.
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