terça-feira, 7 de agosto de 2007

Hakkinen visita o Brasil

Quem poderia imaginar um piloto de Fórmula 1, um bicampeão do mundo, entregando garrafinhas de água mineral para a clientela de um barzinho em São Paulo? Pois quem esteve ontem no bar Dona Flor, na zona sul da capital paulista, viu exatamente isso.

Mika Hakkinen, um dos maiores “gentleman” que a categoria máxima do automobilismo já teve, veio ao Brasil para participar de uma ação da Johnnie Walker, marca patrocinadora da McLaren e para a qual o finlandês exerce o cargo de embaixador mundial para consumo responsável de bebidas alcoólicas.

Apesar do enorme assédio por parte dos fotógrafos e também dos fãs, o ex-piloto de F-1 manteve a postura de grande cavalheiro que é, sorrindo, cumprimentando as pessoas, dando alguns autógrafos e até arriscando algumas palavras em português, como um “boa noite”.

Como não poderia ser diferente, Hakkinen falou sobre a temporada atual. Declarou, obviamente, estar muito feliz com o desempenho do time prateado e deixou escapar um breve comentário sobre a tensão vivida entre Lewis Hamilton e Fernando Alonso.

“Eu espero que a equipe consiga se manter concentrada na conquista do título mesmo em um momento que parece ser muito difícil, por conta de situações que vocês sabem muito bem. Para mim, não interessa quem será o campeão, Lewis ou Fernando. Eu torço para que a McLaren conquiste o mundial, apenas isso”, afirmou.


Mika falou ainda sobre a ida de Kimi Raikkonen para a Ferrari, reforçando uma opinião que ele já havia expressado há algum tempo. “Eu fiquei surpreso quando ele me disse que iria sair, aconselhei que permanecesse na McLaren, pois uma outra ou outra o time voltaria a dominar. A Ferrari, no entanto, se desestruturou com a perda pessoas importantes. Eu acredito que o bom desempenho que eles estão tendo agora não deva durar por muito tempo”, apostou.

Questionado sobre a falta de sorte de seu conterrâneo, Hakkinen foi bem direto. “Ter sorte significa estar no lugar certo e na hora certa. Você precisa ter convicção das escolhas que faz para a sua vida e saber buscar a sorte. Por isso, ele é um azarado, definitivamente”.

O último contato do finlandês com um carro de F-1 aconteceu no fim do ano passado, quando participou de um teste com a McLaren. Teria ele alguma outra sessão em vista? “Um dia quem sabe”, disse entre risos.


Longe dos monopostos desde o fim de 2001, Hakkinen se diverte atualmente no DTM (Campeonato Alemão de Turismo), onde corre pela Mercedes, claro. Já venceu duas corridas por lá e ocupa o quinto lugar da classificação, com 22 pontos.

Na F-1, disputou 161 corridas, conquistou dois títulos (1998 e 1999), um vice (2000), 20 vitórias, 26 pole-positions, 51 pódios, 25 voltas mais rápidas e 420 pontos ao longo de 11 temporadas — estreou pela Lotus em 1991 e se transferiu para a escuderia de Ron Dennis em 1993.

Aos 38 anos, teria este simpático sujeito algum motivo para reclamar da vida?

2 comentários:

Anônimo disse...

Concordo em absoluto com isso: Ter sorte é estar no lugar certo na hora certa. Kimi Raikkonen teve um bom desempenho em seus primeiros anos de mclaren. Agora, a quantidade de vezes que o finlandês é assombrado pela má sorte chega beirar ao ridículo.

E o sortudo que teve o privilégio de andar com o bicampeão? Ai que inveja!

Bruna

Anônimo disse...

O Mika é um dos meus ídolos na F-1.
Super gente boa esse finlandês!!!

Thiago.