segunda-feira, 22 de outubro de 2007

A vez de Kimi Raikkonen

Depois de passar 15 horas em Interlagos — com chegada à fila do setor G à 1h da madrugada — e de capotar de sono ao colocar os pés em casa, finalmente posso dizer com todas as letras: FOI DEMAIS, SEM DÚVIDA A MELHOR DECISÃO DESTE MILÊNIO!!! E o principal: foi no Brasil, diante de um autódromo completamente lotado.

Kimi Raikkonen, o grande azarado da Fórmula 1, enfim teve a maior sorte de sua carreira, além de muita competência para virar um jogo que a maioria das pessoas considerava praticamente perdido. Venceu a última corrida do ano com a importante ajuda de Felipe Massa e se sagrou campeão do mundo pela Ferrari, coisa que somente ele e Michael Schumacher conseguiram nos últimos 28 anos.

Era quase impossível tirar o título de Lewis Hamilton. Mas na hora H, quando não era mais exigida a incrível velocidade do piloto, e sim uma simples prudência para administrar os pontos, o inglês fracassou. Agiu como novato num momento inapropriado, sentiu o peso da pressão e perdeu o campeonato que estava em suas mãos.

O desfecho da temporada 2007 provou que ser gênio não é tudo. Usar a cabeça, em determinadas ocasiões, é muito mais importante e eficaz do que se arriscar por uma vitória. Hamilton não quis somente ser campeão na China; desejou o degrau mais alto do pódio e pagou caro por isso. No Brasil, atuou de maneira semelhante ao tentar um tudo ou nada desnecessário para cima de Fernando Alonso na primeira volta. Para quê?

Lewis certamente aprendeu a lição, talvez a mais dura sentida por um piloto nos 57 anos de história da categoria. Precisa agora ter consciência de que possui um longo futuro na competição. No entanto, carregará para sempre uma manchinha em seu currículo. Manchinha porque, apesar dos pesares, fez um primeiro ano fenomenal, em que venceu quatro corridas, marcou seis poles e foi vice-campeão com 109 pontos, um a menos que o campeão.

Nas pistas, a luta pelo caneco chegou ao fim e com méritos para o novo número 1 do circo — na verdade, qualquer um dos três postulantes que levasse a taça teria muitos motivos para ser elogiado. Só nos resta neste momento esperar o veredicto da Corte de Apelações da FIA, que julgará o recurso da McLaren sobre o resultado final do GP do Brasil.

O time prateado contestou a decisão dos comissários da prova, que livraram Williams e BMW de uma punição após a confirmação de irregularidades na temperatura do combustível utilizado por ambas as equipes. A Federação, contudo, nada deve alterar o desfecho do certame, pois como o próprio Fernando Alonso disse, seria uma piada e uma grande vergonha para o esporte.


Raikkonen é o campeão e que venha 2008, quem sabe ainda mais competitivo!

2 comentários:

Anônimo disse...

hahahha Eu já sabia!!!!
Inclusive votei no Kimi na enquete de vocês!
Lamento muito mesmo pelo Felipe, que teve que ajudar o companheiro, afinal trata-se de uma equipe!
Mas ficou nítido a expressão dele no pódio bastante decepcionado por precisar passar o bastão da vitória do GP Brasil ao colega.

Anônimo disse...

Graaande comentário!!!
E eu, fã do Lews, Leuis, Leis, Lois...ufa, LEWIS Hamilton torci mas não adiantou nada! Tudo bem, foi emocionante do mesmo jeito, até pra mim que não entendo muito de F1!!!! hehehe
ótimo texto, parabéns!
um abraço!
Carmen
;-)