quarta-feira, 6 de agosto de 2008

Automobilismo, atletas, olimpíadas

Para ser um bom piloto nos tempos modernos não basta somente ter talento e acelerar. É preciso também muita dedicação no trabalho de condicionamento físico para suportar o extremo desgaste corporal de uma corrida. Em outras palavras, ser um verdadeiro atleta.

Falar em atleta neste período do ano significa levar o pensamento até a China, cenário dos Jogos Olímpicos de 2008. Para os amantes do automobilismo, uma ótima oportunidade para se discutir um tema comum nesta época: por que não fazer uma Corrida Olímpica?

Além de uma bela vitrine para o automobilismo, seria uma interessante oportunidade para vermos pilotos de diferentes categorias brigando por medalhas. Atrairia a atenção de muita gente de qualquer maneira, fosse com um monoposto, carro de turismo ou até mesmo kart.

O formato da competição poderia até não ser o de uma simples corrida. De repente, algo semelhante à “Corrida dos Campeões” realizada sempre nos finais de ano em um circuito montado em estádio de futebol, no qual os competidores se enfrentam aos pares e com carros idênticos até a definição do grande vencedor.

Por que não fazer uma Corrida Olímpica? Porque categorias como a Fórmula 1, extremamente conservadora para novidades e radicalismos, sem dúvida torceriam o nariz para esta idéia. Além disso, equipes, patrocinadores e cláusulas contratuais fariam o possível e o impossível para brecar o envolvimento dos pilotos. Já pensou se um eventual acidente complica o corredor-atleta para o restante de seu campeonato? Isso, de fato, seria um risco.

Enquanto não criam uma forma de unir o automobilismo com as Olimpíadas, ficamos com a lembrança de uma relação que a F-1 teve com um atleta olímpico. Para quem não sabe, o tricampeão Jackie Stewart se classificou para a prova de tiro nos Jogos Olímpicos de Roma, em 1960. Cinco anos depois, o escocês estreava na classe máxima dos monopostos.

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