sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Impressões de Cingapura

Um treino livre, muitas impressões e conclusões sobre o belíssimo evento noturno que a Fórmula 1 realiza em Cingapura. A começar pelas maravilhas dos carros, que ficaram muito mais charmosos na penumbra da noite. A Ferrari ficou sensacional, o bólido mais lindo. Em segundo lugar no quesito beleza apareceu a McLaren, seguida da Renault.

O traçado é bastante ondulado — depois reclamavam do Brasil. Na reta principal, o contato do assoalho com o chão ocasionou um momento de nostalgia com o registro de faíscas. Ótimas lembranças das décadas de 80 e 90.

Ainda bem que não há dengue por lá. Na batida de Mark Webber na curva 18, pôde-se notar a existência de barreiras de proteção cheias de água. Poderiam ao menos tampar as caixas para evitar eventuais proliferações de insetos.

Sobre o australiano da Red Bull, recebeu um tratamento exclusivo após o incidente. Ganhou água do fiscal de pista, enquanto outro dava um belo banho de espuma no carro. O sujeito mandou ver no extintor ao ver uma fumacinha saindo dos freios dianteiros. Precavido o rapaz.

Uma pista mais lenta que a de Valência. De menor em extensão, porém mais travada. Na Espanha, a pole foi cronometrada em 1min38s989. No primeiro ensaio cingapuriano, Lewis Hamilton cravou o melhor giro em 1min45s518.

Impressionou também o fato dos carros passarem muito colados ao muro. Muita gente, como Felipe Massa, por várias vezes ficou no quase de estatelar a mureta. Apesar dos quase, como está linda a tocada do brasileiro neste circuito. Seu estilo de pilotagem é de se admirar.

A curva 10 é uma das que mais chamam a atenção. Uma espécie de chicane alargada, ou um segmento embarrigado, que os pilotos conseguem percorrer como se fosse uma reta. Mas se erram a forma de entrada e atacam a zebra, a possibilidade de rodada se torna um grande risco.

O trecho que antecede a reta dos boxes também merece destaque, por ser feito em alta velocidade. Um ponto muito escorregadio e desafiador para os pilotos. Não foi à toa que muitos rodaram ali.

Por fim, é preciso exaltar o show de imagens. Tomadas aéreas, câmeras nas suspensões, os diversos flashes provenientes das arquibancadas, as imagens on-board, tudo fenomenal.

Numa das cenas, pôde-se inclusive apreciar a técnica de Hamilton durante uma volta lançada: o inglês sobe as marchas com o dedo médio da mão direita e reduz com o indicador da esquerda. E acelera muito!

Que venham os próximos treinos.

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