segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Regresso suíço

Como todos sabem, Sébastien Buemi é uma carta certa para a próxima temporada da Fórmula 1, afinal teve seu nome praticamente confirmado por Franz Tost, dirigente da Toro Rosso, como substituto do xará Sebastian Vettel.

O que pouco se comentou até agora foi o retorno da Suíça ao grid da classe máxima do automobilismo. Um país vitorioso na competição e que terá no ano que vem seu 30º representante na categoria, o primeiro desde o GP da Europa de 1995.

Apesar da pouca expressividade nos tempos recentes, o pequeno país europeu aparece na lista das nações vitoriosas da F-1. O nome Clay Regazzoni não deve ser estranho para o amante do esporte a motor, não é mesmo? Pois se trata de um ex-piloto de Ferrari e Williams, vice-campeão de 1974 — ano do bicampeonato de Emerson Fittipaldi — e suíço.

Gian-Claudio Giuseppe Regazzoni, falecido em dezembro de 2006 após um acidente de carro aos 67 anos, foi o melhor defensor de sua pátria na categoria. Além do vice, conquistou cinco vitórias, cinco pole-positions, 28 pódios, 15 voltas mais rápidas e 212 pontos entre as temporadas de 1970 e 1980.

A Suíça, em toda sua trajetória, obteve sete vitórias, sete poles, 20 voltas mais rápidas, 36 pódios e 319 pontos. Fora Clay, o único que conseguiu levar a nação ao topo do pódio e à posição de honra do grid foi Jo Siffert, que correu entre 1962 e 1971.

Como construtora, a participação suíça na F-1 chegou ao fim há pouco tempo, em 2005, com a venda da Sauber para a BMW. Outras equipes que levaram a bandeira vermelha com uma cruz branca na competição foram as pouco conhecidas Apollon, MBM e Monteverdi.

O último piloto suíço a alinhar no grid foi Jean-Denis Deletraz, na etapa de Nürburgring de 1995, a bordo de um carro da extinta Pacific. Ao que tudo indica, chega agora a vez de Buemi, novato de 19 anos com duas temporadas de GP2 no currículo.

Pelos resultados nas categorias de base, poderíamos dizer que se trata de um sujeito mediano para a F-1. Mas como a história nos mostra, são poucos os Lewis Hamilton que vingam no torneio depois de muitos louros no período de formação e vários os desacreditados que acabam surpreendendo.

Como se diz na política brasileira, deixemos o mais novo Sebastião acelerar antes de fazer julgamentos. E boas-vindas aos suíços.

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