quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Privilégio muito bem aproveitado na estréia

Com o sobrenome de peso e alto prestígio que ostenta, era de se esperar uma maior atenção da Honda e também da mídia a Bruno Senna nesta semana de “vestibular” promovida pela equipe japonesa no circuito de Barcelona, na Espanha.

O sobrinho do tricampeão andou sempre após Lucas Di Grassi nas sessões de treinos, o que na prática representou melhores condições da pista — mais limpa e emborrachada — e um acerto mais evoluído do carro para alcançar bons tempos no cronômetro.

Até nos capacetes houve uma visível distinção dos pilotos, já que no de Bruno foi colocado o símbolo do time nipônico e no de Lucas nenhuma marcação. Ah, mas o Di Grassi tem vínculos com a Renault. Pois é, um bom argumento. Só que se fosse assim, não era para ele usar sequer um blusão da Honda, como foi flagrado e fotografado nesses dias.

Independente de algum tipo de privilegio que possa ter recebido, Senna exibiu na pista que tem mais do que um sobrenome forte. Fosse ruim, podiam dar a maior canja do mundo ao rapaz que os tempos não viriam e os erros seriam notados.

No entanto, o atual vice-campeão da GP2 andou bem e de forma limpa nos dois dias de testes que teve para mostrar o que sabe e derrotou Di Grassi neste chamado processo seletivo.

Os dois pilotos, na verdade, mostraram-se merecedores de uma vaga na categoria. Pena não haver espaço para ambos neste momento. Talvez nem para Senna como titular em 2009, afinal começa a ecoar nos bastidores uma possível permanência de Rubens Barrichello. De qualquer maneira, ficou a impressão de que o Brasil pode ter novos ídolos no futuro.

No caso de Bruno, as cores que carrega em seu capacete certamente já mexeram com o emocional de muita gente nesta semana. Sensação de saudade, esperança e lembrança de muitas vitórias.

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