segunda-feira, 9 de abril de 2007

Balanço de Sepang

Fernandinho venceu neste domingo pela primeira vez com o carro da McLaren, na pista onde alcançou a primeira pole de sua carreira e o primeiro pódio — ambos em 2003. Felipe Massa, que também conquistou na Malásia seus primeiros pontos na F-1 (2002), deixou a desejar; foi apenas o quinto. Kimi Raikkonen, cuja maior recordação sobre a pista de Sepang é sua primeira vitória na categoria (2003), terminou em terceiro. Vamos então às notas do fim de semana:

Fernando Alonso: 10,0 – Fez algo que nem Michael Schumacher conseguiu quando trocou a Benetton pela Ferrari: vencer com a nova equipe logo na segunda corrida da temporada. Mais do que isso, está forte na briga pelo título. Guiou com competência e determinação para superar a Ferrari na largada, mostrando por que é o melhor piloto da atualidade. E o novo líder da classificação, com 16 pontos.

Lewis Hamilton: 10,0 – Ao segurar o afoito Felipe Massa nas voltas iniciais, passou a impressão de que era ele o piloto experiente e o brasileiro o novato. Terminou em segundo e fez a melhor volta da prova. Só lhe falta agora a vitória. Fora das pistas, também sabe impor uma postura diferenciada, o que ficou evidente ao pedir desculpas a Massa por tê-lo induzido ao erro. Ironia faz parte deste esporte.

Kimi Raikkonen: 8,0 – Pela primeira vez na carreira pilotou pensando no campeonato. Preferiu somar pontos importantes a andar com a faca entre os dentes e correr o risco de abandonar. Como a Ferrari não trocou o motor de seu carro, pagou o preço de ter um propulsor de potência limitada. Ainda é cedo para dizer isso, mas creio que será o protagonista da luta pelo caneco ao lado de Alonso.

Nick Heidfeld: 9,0 – Regular e sempre parece ser o lema de Nick Heidfeld para a temporada deste ano. Sabe onde tem que estar para, quando surgirem eventuais problemas com Ferrari e McLaren, abocanhar um lugar no pódio. O alemão está conquistando um belo prestígio na categoria e deve ter, em breve, o contrato com a BMW estendido por mais dois anos, despistando assim a Toyota, que está interessada em seu trabalho.

Felipe Massa: 4,0 – Um fim de semana para ser esquecido, com exceção da pole position. Massa esgotou sua cota de erros na Ferrari e muito cedo. No Bahrein, terá de convencer a escuderia italiana que pode, sim, ser a aposta do time para a batalha pelo Mundial. Mas a pressão, agora, é grande.

Giancarlo Fisichella: 7,0 – Tem feito o que dá para fazer com o mediano modelo da Renault. Falta-lhe, porém, arrojo e postura de vencedor perante os integrantes da equipe. Portanto, seguirá neste ritmo até o fim do campeonato.

Jarno Trulli: 7,0 – Ficou à frente do colega de equipe nos treinos e na corrida, além de garantir mais dois pontinhos para a Toyota. Não dava para esperar mais do que isso, considerando-se o carro meia-boca que possui.

Heikki Kovalainen: 7,0 – Conquistou o seu primeiro tento na categoria e parou de ser perseguido por Flavio Briatore. Ainda está longe de ser um substituto de Alonso, mas deve melhorar nas próximas etapas.

Alexander Wurz: 6,0 – Precisa melhorar demais o desempenho nas classificações. Ritmo de corrida o austríaco tem e muito bom.

Mark Webber: 5,5 – Este precisa fazer o oposto de Wurz. É eficiente em uma volta lançada, mas pouco eficaz durante uma prova.

Rubens Barrichello: 6,5 – Uma pena o que se passa com este rapaz. Considerando o vergonhoso equipamento de que dispõe, conseguiu um bom resultado, chegando à frente do companheiro. Quando a Honda melhorar — se melhorar —, tem tudo para pontuar.

Jenson Button: 3,0 – Mais uma vez atuou como o Button de 2001: desmotivado e pouco combativo. Estaria sendo castigado por ter voltado atrás em sua transferência certa para a Williams em 2006?

Takuma Sato: 4,0 – Novamente conseguiu passar dos primeiros 15 minutos do treino de classificação. Bom para o japonês. E só isso também.

Scott Speed: 2,0 – Superou o parceiro de equipe, maravilha! Mas confesso que mal o notei durante o GP.

Ralf Schumacher: 3,5 – Outro que deixou a desejar na Malásia. Não fosse pelo sobrenome que carrega, seria ainda menos perceptível.

Anthony Davidson: 3,0 – Muito fraco para quem superou constantemente o companheiro japonês durante a pré-temporada.

Vitantonio Liuzzi: 1,5 – É um dos pilotos mais feios do grid. Mas como todos correm de capacete, passou despercebido por este escriba ao longo das 56 voltas.

Robert Kubica: 6,0 – Foi um dos mais azarados da corrida. Na classificação, levou quase 0s3 de Heidfeld, o que é muita coisa, levando-se em conta o cacife do polonês.

Nico Rosberg: 7,5 – Selou um casamento feliz com a Williams, mas foi traído pelo motor Toyota. Veloz na classificação e na corrida, muito diferente do Nico da temporada passada.

David Coulthard: 3,5 – Se realmente adquiriu o direito de avisar a equipe que vai abandonar a corrida, na ocasião por problemas no pedal de freio, deveria se tocar e pedir licença para a aposentadoria.

Christijan Albers: 0,5 – Conseguiu completar sete voltas, até parar com uma pane na caixa de câmbio. Fenomenal!

Adrian Sutil: 0,0 – Os alemães devem estar sentindo muita falta do heptacampeão...

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