domingo, 6 de maio de 2007

A rainha das inovações

Meu amigo Leandro falou aqui sobre carros e equipes que utilizaram soluções curiosas na tentativa de obterem melhor desempenho. Parei um pouco pra pensar sobre isso e lembrei de uma equipe que gostava muito dessas peculiaridades: a extinta Tyrrell.

Vendida para a British American Tobacco no final da década de 90, disputou a sua última temporada na F-1 em 1998, com uma dupla que, convenhamos, era passível de vexames e gozações: o japonês Tora Takagi, aquele que uma vez disseram ser o mais rápido representante do país na história da categoria, e o brasileiro Ricardo Rosset, que nunca conseguiu uma performance digna de elogios nas duas temporadas que competiu (a primeira fora em 1996, pela Arrows).

Um ano antes, entretanto, os pilotos da escuderia eram os quase-competentes Mika Salo e Jos Verstappen. Em algumas etapas de 97, como a do Brasil e a de San Marino, ambos tiveram a oportunidade de competir com esse simpático carro abaixo.


Apesar deste apêndice ser bastante interessante, ainda que não muito bonito, os resultados foram bem fracos. Durante toda a temporada, a equipe só pontuou em uma oportunidade, o GP de Mônaco, quando Salo foi o quinto colocado.

Mas o maior espanto causado pela Tyrrell na categoria, depois dos títulos conquistados por Jackie Stewart em 1971 e 1973, aconteceu entre 76 e 77. O bólido P34 não tinha nenhuma grande novidade aerodinâmica, e sim estrutural.

Seis rodas. As duas traseiras normais, enquanto na dianteira haviam quatro, bem menores. Na época, a Goodyear fornecia pneus especiais para a equipe, mas rapidamente se desinteressou em levar essa extravagância adiante. Os resultados? Nada desapontantes, sendo o melhor deles uma pole e uma vitória de Jody Scheckter no GP da Suécia de 1976.

Saudades da época em que arriscar na Fórmula 1 era sinônimo de atitude positiva.

Nenhum comentário: