quinta-feira, 23 de agosto de 2007

Round 12: GP da Turquia

Um país euro-asiático, com pequena parte de seu território situado no continente europeu (conhecida como Trácia) e o restante em solo asiático (Anatólia), receberá neste fim de semana a 12ª etapa do Mundial de Fórmula 1, o Grande Prêmio da Turquia.

A prova será disputada no circuito de Kurtkoy, localizado em Istambul, construído há pouco mais de três anos pelo arquiteto alemão Herman Tilke, o mesmo sujeito responsável pelo desenho das pistas da China, Bahrein e Malásia.

Assim como em Interlagos, o traçado de 5.338 metros do autódromo turco é percorrido em sentido anti-horário e classificado pelos pilotos como um dos mais desafiadores da atualidade. A curva 8 em especial, formada por três velozes segmentos de reta e contornada para a esquerda, é a mais comentada entre os competidores.

Nela, a força da gravidade age de tal forma que consegue deslocar a cabeça do corredor para o lado oposto da trajetória, o que torna a preparação física um item de enorme importância para se agüentar as 58 voltas da corrida, em uma média de velocidade em torno dos 220 km/h.

Outro aspecto semelhante entre os circuitos turco e brasileiro é a primeira curva em “S”, trecho que na largada da prova de 2006 causou uma enorme confusão, com rodadas e batidas. Por isso, não se espante se alguns carros se estranharem nesse ponto na etapa do domingo.

Em termos de equipamento, Istambul exige um carro com média carga aerodinâmica e que tenha bons freios, pois embora a pista seja rápida, possui algumas curvas lentas situadas após setores de alta velocidade, o que implica em reduções bruscas. Além disso, há o fator das altas temperaturas, que interfere em todo o conjunto do monoposto.

No calendário desde 2005, o GP da Turquia por enquanto só foi vencido por quem largou na pole-position: Kimi Raikkonen, com a
McLaren, no ano de estréia, e Felipe Massa, de Ferrari, em 2006. A conquista do brazuca, aliás, representou a sua primeira pole e vitória na Fórmula 1, detalhe que certamente servirá de incentivo para ele tentar repetir a façanha — num momento decisivo da temporada — no fim de semana. O mesmo vale para Raikkonen, que já disse estar disposto a adotar a estratégia do tudo ou nada a partir de agora.

Mas não pense que a dupla da McLaren entrará na pista sem motivações. Fernando Alonso, por exemplo, guarda a recordação de dois segundos lugares em Istambul, que contribuíram muito para a conquista de seus dois títulos mundiais. Fora isso, alcançará nesta corrida a marca de 100 GPs disputados e fará de tudo para diminuir a diferença que o separa de Lewis Hamilton na classificação.

Quanto ao jovem britânico, alcançou também duas segundas posições em Kurtkoy, pela GP2 no último ano, dando um passo importante para a conquista do título na categoria escola da F-1.

Podemos esperar, portanto, por uma etapa bastante acalorada e tensa. A Ferrari chega com um ligeiro favoritismo, por ter um carro mais equilibrado nos circuitos de média-alta velocidade e na obrigação de fazer uma dobradinha. É o único jeito, de agora em diante, de tentar reverter sua desvantagem no certame.

Já a McLaren parte para uma espécie de administração da gordura conquistada, mas ao mesmo tempo se depara com o possível duelo entre seus pilotos, ao qual todos nós aguardamos com ansiedade para ver. E fica aqui uma pergunta: o que acontecerá caso Alonso e Hamilton se encontrarem em uma disputa por posições? Se sair faísca, a Ferrari vai agradecer e muito!

A largada para a primeira das 58 voltas da prova turca está marcada para as 9h00 do domingo, no horário de Brasília. Esta não dá para perder!

Ficha técnica - GP da Turquia
Circuito de Kurtkoy, em Istambul
Extensão: 5.338 m
Voltas: 58 (309.356 km)
Número de curvas: 14 (8 para a esquerda, 6 para a direita)
Velocidade máxima: 320 km/h
Provas realizadas: 2
Recorde de pole-position: Kimi Raikkonen em 2005 com a McLaren (1min26s797)
Melhor volta em corrida: Juan Pablo Montoya em 2005 com a McLaren (1min24s770)

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