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terça-feira, 9 de junho de 2009

Passeio irretocável

FOTO: DIVULGAÇÃO/BRAWN GP
Enquanto o escriba aqui encara os desafios da seção de passeios do Guia do jornal “O Estado de S. Paulo” – e por este motivo está encontrando dificuldades para manter o blog atualizado –, Jenson Button segue também passeando pelas pistas da Fórmula 1.

Na Turquia, no último fim de semana, foi um passeio com autoridade. Só não fez a pole position porque Sebastian Vettel estava mais leve no treino e caprichou na volta lançada. Mas o que importa? O inglês assumiu a liderança do GP logo na primeira volta e seguiu soberano rumo ao degrau mais alto do pódio.

Seis vitórias em sete corridas, façanha que só Michael Schumacher e Jim Clark alcançaram. E o que dizer de 280 voltas na primeira posição, contra 56 de Vettel e 33 de Rubens Barrichello? Marcas assombrosas deste rapaz, a quem já podemos chamar de virtual campeão de 2009.

Button não precisa mais vencer para faturar o título; basta ser o segundo nas próximas etapas que ninguém o alcançará. No entanto, sua sede por vitória está elevadíssima e novas conquistas devem surgir até o encerramento do certame.

O campeão está praticamente definido. Falta saber quem será o vice. Barrichello? É um forte candidato, mas as constantes desculpas pelos erros e promessas desnecessárias nos fazem duvidar da capacidade do veterano. Que fique bem claro: o brasileiro é sim um bom piloto e por tal motivo segue na F-1. O problema é que não passa disso, um bom competidor. Se conseguir vencer pelo menos uma (só uma) neste ano já estará de bom tamanho.

Vettel e Mark Webber são os demais concorrentes ao segundo posto da classificação. O alemão é um talento em formação, enquanto o australiano um cara em boa fase de bons resultados constantes. Vão sim dar trabalho a Barrichello na luta pelo segundão.

Ferrari e McLaren, coitadas, são meras coadjuvantes (quase nem isso) após longos anos de domínio. A temporada acabou para ambas e só resta agora trabalharem muito para 2010, seja lá qual for a categoria em que estiverem competindo (sobre essa briga de bastidores envolvendo regulamentos e poderes, tudo acabará em entendimento, vocês vão ver).

O que fica claro neste campeonato é que na Fórmula 1 não basta genial. Sem um bom carro, nada se faz. Lewis Hamilton, Fernando Alonso, Michael Schumacher... Qualquer um com uma tranqueira nas mãos vai ficar para trás.

A grande virtude é saber aproveitar a chance quando lhe dão um “foguete” para dirigir. Button está fazendo bom proveito, Barrichello não. Assim como muitos outros desperdiçaram esse sonho, como David Coulthard, Heinz-Harald Frentzen, Giancarlo Fisichella, e por aí vai.

A próxima etapa será em Silverstone, casa de Jenson, mas um local onde ele não costuma se sair bem. Mais um tabu para ser quebrado? Bem capaz.

segunda-feira, 1 de junho de 2009

Só pole position venceu na Turquia

FOTO: REPRODUÇÃO/LAT
"Felipe Massa é o piloto a ser batido em Istambul".

No calendário desde 2005, o GP da Turquia por enquanto só foi vencido por quem largou na pole position: Kimi Raikkonen, com a McLaren, no ano de estreia, e Felipe Massa, de Ferrari, em 2006, 2007 e 2008.

Como neste ano só o GP do Bahrein não teve como vencedor o ponteiro do grid, são bem consideráveis, portanto, as chances de termos no fim de semana a vitória do sujeito que cravar o melhor tempo na classificação da etapa turca.

Em quem apostar? A Brawn deve manter sua força, especialmente com Jenson Button. A Red Bull, agora com o difusor duplo instalado no bólido, tende a vir com muito apetite para compensar o desempenho mediano de Mônaco. Já a Ferrari pode ser uma grata surpresa caso confirme a evolução apresentada nas ruas do Principado.

E se o time italiano estiver de fato com um bom carro, saiam da frente de Massa, pois o traçado de Kurtkoy é o cantinho de diversão e dominação do brasileiro. Que a Ferrari só não bobeie no serviço de rotina e na estratégia, afinal a cota de vacilos de 2009 já foi atingida, não é mesmo?

Ficha técnica - GP da Turquia
Circuito de Kurtkoy, em Istambul
Extensão: 5.338 m
Voltas: 58 (309.356 km)
Número de curvas: 14 (8 para a esquerda, 6 para a direita)
Velocidade máxima: 320 km/h
Provas realizadas: 4
Pole position em 2008: Felipe Massa, com a Ferrari (1min27s617)
Melhor volta em corrida: Juan Pablo Montoya em 2005 com a McLaren (1min24s770)

domingo, 11 de maio de 2008

Massa, Massa, Massa

Quis o destino que Felipe Massa experimentasse três sensações distintas antes de confirmar, neste domingo, a sua terceira e excepcional vitória consecutiva no circuito de Istambul, na Turquia.

A primeira delas foi a confiança, sentida até o primeiro pit-stop do piloto brasileiro, já que se manteve na ponta após a largada e ainda contou a má partida do companheiro Kimi Raikkonen.

No segundo terço da etapa, a confiança na busca da vitória cedeu espaço para a tensão, embora esta tenha sido muito bem controlada pelo corredor cada dia mais maduro na Fórmula 1 e com postura de quem pode vir a ser campeão mundial.

Apesar de vítima da belíssima ultrapassagem de Lewis Hamilton, Massa não se abalou em nenhum momento. Fora avisado pelo rádio, como revelou durante a entrevista coletiva, sobre a parada extra que o britânico iria fazer. Bastava então seguir constante na tocada para recuperar a dianteira.

Foi o que aconteceu. E junto com o primeiro lugar veio o alívio do dever cumprido, a segunda vitória no ano e a conquista da vice-liderança no campeonato, sua melhor posição na tabela desde a estréia na categoria.

Para a Ferrari, o sabor da vitória também foi especial em função do surpreendente ritmo de corrida imposto pela McLaren, que deixou muitos dos integrantes da escuderia vermelha com um semblante de preocupação ao longo do Grande Prêmio.

A equipe prateada tirou proveito do carro com maior distância entre-eixos e, principalmente, da genialidade de Lewis Hamilton para conquistar o segundo lugar, impedindo a terceira dobradinha seguida da rival italiana.

Talvez nem fosse preciso adotar uma estratégia de três paradas para terminar em segundo, mas é de se elogiar o esforço do inglês e do time em alterar os planos ao invés de ficar na dúvida do que poderia ter rendido com a mudança de tática.

Em terceiro e aparentemente conformado com o resultado, Kimi Raikkonen até que saiu no lucro com os seis pontos obtidos. Teve problemas nos treinos da sexta-feira, foi discreto na classificação, quase perdeu o bico na largada, mas recebeu a bandeirada ainda como o líder do certame. A vantagem, contudo, caiu de nove para sete pontos em relação aos vices Massa e Hamilton.

Robert Kubica, em quarto, alcançou o melhor que a BMW poderia faturar em Istambul, após uma pilotagem constante e centrada no que era possível fazer com o equipamento alemão. O dever de casa ele fez, chegou novamente à frente de Nick Heidfeld, o quinto.

Fazendo as honras da Renault, Fernando Alonso garantiu mais três pontinhos com o mediano monoposto francês ao completar o GP em sexto. Não fosse o bicampeão no time, certamente Flavio Briatore estaria numa situação desesperadora nesta altura da competição, já que Fernandinho tem extraído mais do que pode de seu “brinquedo”.

Mark Webber, leão de treinos, caiu um posto em relação ao seu lugar de partida. Ficou em sétimo, numa exibição discreta. Atrás dele veio a Williams de Nico Rosberg, que conseguiu atenuar a fraca atuação nos treinos.

Dos demais brasileiros, destaque para a bela ultrapassagem de Nelson Piquet sobre Jenson Button, que não rendeu nada em termos de resultado, mas foi indiscutivelmente categórica. O novato terminou em 15º, logo depois de Rubens Barrichello, o novo recordista de GPs disputados com suas 257 provas no currículo. Seu desempenho em Istambul? Infelizmente apagado.

Quanto à corrida, sem dúvida a melhor da temporada, com muitas ultrapassagens na pista, nada sonolenta se comparada às outras e com um bom desfecho para a briga pelo título de pilotos.

Agora é esperar pelas ruas do Principado de Mônaco, onde dizem que a briga pela vitória promete ser mais intensa. Será mesmo? Este jornalista pensa que a Ferrari será mais uma vez a grande favorita. Respostas no dia 25 de maio.

Resultado final:
1) Felipe Massa (BRA/Ferrari), 58 voltas em 1h26min49s451
2) Lewis Hamilton (ING/McLaren), a 3s779
3) Kimi Raikkonen (FIN/Ferrari), a 4s271
4) Robert Kubica (POL/BMW), a 21s945
5) Nick Heidfeld (ALE/BMW), a 38s741
6) Fernando Alonso (ESP/Renault), a 53s724
7) Mark Webber (AUS/Red Bull), a 1min04s229
8) Nico Rosberg (ALE/Williams), a 1min11s406
9) David Coulthard (ESC/Red Bull), a 1min15s270
10) Jarno Trulli (ITA/Toyota), a 1min16s344
11) Jenson Button (ING/Honda), a 1 volta
12) Heikki Kovalainen (FIN/McLaren), a 1 volta
13) Timo Glock (ALE/Toyota), a 1 volta
14) Rubens Barrichello (BRA/Honda), a 1 volta
15) Nelson Piquet (BRA/Renault), a 1 volta
16) Adrian Sutil (ALE/Force India), a 1 volta
17) Sebastian Vettel (ALE/Toro Rosso), a 1 volta

Abandonos
18) Sébastien Bourdais (FRA/Toro Rosso), volta 25
19) Kazuki Nakajima (JAP/Williams), volta 1
20) Giancarlo Fisichella (ITA/Force India), volta 1

Melhor volta: Kimi Raikkonen (1min26s506)

sábado, 10 de maio de 2008

O casamento perfeito

Três poles em três anos consecutivos, praticamente um caso de amor e total sintonia entre Felipe Massa e o circuito de Istambul. O brasileiro garantiu com autoridade, neste sábado, a posição de honra do grid para o GP da Turquia e já assegurou uma mão e meia, digamos assim, no troféu de vencedor da quinta etapa do campeonato.

Para a sorte de Felipe, Kimi Raikkonen não acertou sua última volta lançada e ficou estacionado num modesto quarto posto com o forte carro da Ferrari. Entre as máquinas vermelhas, ficaram os dois bólidos prateados da McLaren. Heikki Kovalainen em segundo, na primeira vez que consegue alinhar na primeira fila, e Lewis Hamilton em terceiro.

Em condições normais, pode-se dizer que Massa partirá tranqüilo rumo à vitória, enquanto o atual campeão da categoria terá de bater cabeça com os modelos de sua antiga equipe para chegar pelo menos em segundo. Para o finlandês, há ainda a má notícia de que sairá do lado sujo da pista, algo que pode beneficiar quem vem logo atrás, o polonês Robert Kubica. Temos, portanto, um bom tempero para a largada deste domingo.

Ainda sobre Felipe Massa, vale aqui o elogio novamente à competência do piloto em treinos classificatórios. É, na atualidade, o melhor em voltas lançadas. Talvez Fernando Alonso — o sétimo no grid — conseguisse rivalizar com ele se ambos tivessem o mesmo equipamento. Mas ainda assim, apostaria minhas fichas no brazuca, que assinalou hoje a 11ª pole da carreira.

Destaque também para o desempenho de Kovalainen, confirmando mais uma vez a inspiração extra de um piloto quando retorna após um forte acidente. Será interessante observar o desempenho do finlandês, que tem sido um páreo duro para Hamilton.

Da turma do G3, quem ficou devendo de novo foi Nick Heidfeld. Foi apenas o nono, levando quase meio segundo do parceiro Kubica. Se continuar desse jeito, logo surgirão os rumores de uma possível mudança no time da BMW para 2009. Já existem, na verdade, e o nome cotado todos nós sabemos: Alonso.

Mark Webber e Jarno Trulli, como de costume, fizeram bonito na qualificação; sexto e oitavo, respectivamente. Já David Coulthard melhorou muito o seu conceito neste fim de semana. Larga em décimo, após um horroroso 17º lugar no treino da Espanha.

Em situação de declínio lento, porém, progressivo, está a Williams. Para um time que dava pintas de brigar pelo TOP 5 no início do ano, o 11º e o 16º postos não são nada animadores.

A Honda, por sua vez, ficou no lugar esperado. Sai em 12º com o animado e festivo Rubens Barrichello e em 13º com Jenson Button. Torçamos por uma boa exibição do brasileiro no histórico GP de número 257 de sua carreira. Ele merece.

Um que precisa mostrar serviço a qualquer custo é Nelson Piquet, o 17º colocado. Definitivamente não se achou com um carro de Fórmula 1 na pista turca, o que chega a ser estranho, já que fez muito bonito na última vez em que correu neste circuito, pela GP2 em 2006. Conquistou a pole, vitória e um quinto lugar na rodada dupla daquela ocasião.

Os indícios para uma boa etapa neste domingo de Dia das Mães são bons. No palpite deste escriba, dá dobradinha da Ferrari, com vitória de Massa e Hamilton em terceiro. A largada para a primeira das 58 voltas está prevista para as 9h00 (de Brasília).

Grid de Largada:
1) Felipe Massa (BRA/Ferrari), 1min27s617
2) Heikki Kovalainen (FIN/McLaren), 1min27s808
3) Lewis Hamilton (ING/McLaren), 1min27s923
4) Kimi Raikkonen (FIN/Ferrari), 1min27s936
5) Robert Kubica (POL/BMW), 1min28s390
6) Mark Webber (AUS/Red Bull), 1min28s417
7) Fernando Alonso (ESP/Renault), 1min28s422
8) Jarno Trulli (ITA/Toyota), 1min28s836
9) Nick Heidfeld (ALE/BMW), 1min28s882
10) David Coulthard (ESC/Red Bull), 1min29s959

Q2
11) Nico Rosberg (ALE/Williams), 1min27s012
12) Rubens Barrichello (BRA/Honda), 1min27s219
13) Jenson Button (ING/Honda), 1min27s298
14) Sebastian Vettel (ALE/Toro Rosso), 1min27s412
15) Timo Glock (ALE/Toyota), 1min27s806

Q1
16) Kazuki Nakajima(JAP/ Williams), 1min27s547
17) Nelson Piquet (BRA/Renault), 1min27s568
18) Sébastien Bourdais (FRA/Toro Rosso), 1min27s621
19) Adrian Sutil (ALE/Force India), 1min28s325
20) Giancarlo Fisichella (ITA/Force India), punição

sexta-feira, 9 de maio de 2008

Ferrari lidera, McLaren encosta

Pelo tempo perdido na primeira sessão, era de se esperar que Kimi Raikkonen andasse forte no ensaio vespertino. Com a marca de 1min27s543, o finlandês da Ferrari liderou o segundo treino livre para o GP da Turquia, mas não conseguiu superar a passagem estabelecida por Felipe Massa no período da manhã.

A McLaren, ao menos nesta sexta-feira, mostrou-se no encalço dos carros vermelhos. Primeiro com Heikki Kovalainen, depois com Lewis Hamilton, o segundo colocado no TL 2. A diferença do britânico para o “Homem de Gelo” foi de apenas 0s036, praticamente nada no relógio, mas muito significativa para o restante do fim de semana.

O que teria contribuído para a aproximação dos carros prateados? Certamente as baixas de temperaturas em Istambul e a maior distância entre-eixos do MP4/23, favorecida em pistas de média-alta velocidade. Será ótimo para o espetáculo se as duas equipes continuarem tão parelhas amanhã.

Algo que não deve prosseguir neste sábado é a Red Bull entre os cinco primeiros. A equipe dos energéticos ocupou o quarto lugar hoje, graças à bela volta cravada por David Coulthard. Caso Mark Webber não tivesse batido, talvez conseguisse algo ainda melhor para o time, afinal anda muito mais do que o parceiro escocês em uma única volta lançada.

Como nas etapas anteriores, a BMW foi super discreta nos treinos iniciais. Amanhã, deve retornar ao TOP 5 com pelo menos um de seus carros. Quem tentará o mesmo será a Renault, com Fernando Alonso, o nono colocado na segunda sessão.

Sobre os brasileiros, as conclusões da sexta-feira são óbvias: Massa parte como favorito à pole-position e Nelson Piquet — se não vacilar — pode largar entre os dez primeiros. Quanto a Rubens Barrichello, precisa surpreender a todos. Caso contrário, deve figurar entre o 11º e 14º lugares. Ou será que disse besteira?

Programem os relógios para o sabadão: Às 5h00 (de Brasília), acontece o terceiro treino livre. Às 8h00, a tomada oficial de tempos para a definição do grid.

Treino Livre 2
1) Kimi Raikkonen (FIN/Ferrari), 1min27s543 (30 voltas)
2) Lewis Hamilton (ING/McLaren), 1min27s579 (31)
3) Felipe Massa (BRA/Ferrari), 1min27s682 (29)
4) David Coulthard (ESC/Red Bull), 1min27s763 (24)
5) Heikki Kovalainen (FIN/McLaren), 1min27s954 (27)
6) Robert Kubica (POL/BMW), 1min28s431 (29)
7) Jarno Trulli (ITA/Toyota), 1min28s619 (29)
8) Kazuki Nakajima (JAP/Williams), 1min28s664 (27)
9) Fernando Alonso (ESP/Renault), 1min28s681 (26)
10) Nick Heidfeld (ALE/BMW), 1min28s817 (31)
11) Jenson Button (ING/Honda), 1min28s826 (28)
12) Timo Glock (ALE/Toyota), 1min28s849 (26)
13) Nico Rosberg (ALE/Williams), 1min28s907 (29)
14) Giancarlo Fisichella (ITA/Force India), 1min29s008 (35)
15) Rubens Barrichello (BRA/Honda), 1min29s024 (22)
16) Nelson Piquet (BRA/Renault), 1min29s212 (26)
17) Sebastian Vettel (ALE/Toro Rosso), 1min29s462 (30)
18) Sébastien Bourdais (FRA/Toro Rosso), 1min29s630 (32)
19) Mark Webber (AUS/Red Bull), 1min29s633 (4)
20) Adrian Sutil (ALE/Force India), 1min30s832 (9)

Massa dita o ritmo em seu cantinho especial

Foi na Turquia que Felipe Massa conquistou sua primeira pole-position e vitória, façanha que conseguiu repetir no ano passado e certamente tentará a trinca neste fim de semana. Isso já ficou bem claro na manhã desta sexta-feira, no treino livre de abertura das atividades para a quinta etapa do Mundial.

Em mais um ensaio cansativo e sonolento, o brasileiro cravou a melhor marca ao completar o circuito de Kurtkoy em 1min27s323, superando em 0s006 a pole de 2007. Os tempos, aliás, devem mesmo cair em função da temperatura mais amena nesta época do ano.

Para a Ferrari, o script não saiu como o desejado por conta de Kimi Raikkonen, que teve problemas na caixa de câmbio de seu bólido e praticamente não treinou. Finalizou três passagens, ficando com o pior tempo. O finlandês terá muito trabalho na segunda sessão.

Por falar em finlandês, olha só Heikki Motivado Kovalainen, de volta às pistas após a forte pancada em Barcelona e com o pé bastante pesado. O piloto da McLaren obteve o segundo melhor giro do treino matinal, seguido do parceiro Lewis Hamilton.

Fernando Alonso, com a Renault em ascensão, anotou a quarta passagem. Atrás do espanhol, outra boa surpresa ao reparar que se trata de um carro da Honda, no caso o de Jenson Button. Rubens Barrichello, apesar de ter ficado atrás do parceiro inglês, também iniciou de maneira positiva os trabalhos; foi o oitavo, acompanhado de pertinho de Nelson Piquet.

Às 8h00 (de Brasília), os 20 carros — não mais 22 — retornam à pista para nova 1h30 de preparações para o GP da Turquia. Desta vez, com a maioria dos pilotos já trabalhando o acerto para corrida.

Treino Livre 1
1) Felipe Massa (BRA/Ferrari), 1min27s323 (16 voltas)
2) Heikki Kovalainen (FIN/McLaren), 1min27s456 (17)
3) Lewis Hamilton (ING/McLaren), 1min27s752 (15)
4) Fernando Alonso (ESP/Renault), 1min28s284 (16)
5) Jenson Button (ING/Honda), 1min28s919 (12)
6) Kazuki Nakajima (JAP/Williams), 1min29s002 (19)
7) Nick Heidfeld (ALE/BMW), 1min29s024 (21)
8) Rubens Barrichello (BRA/Honda), 1min29s068 (11)
9) Nelson Piquet (BRA/Renault), 1min29s082 (23)
10) Timo Glock (ALE/Toyota), 1min29s103 (19)
11) Jarno Trulli (ITA/Toyota), 1min29s329 (24)
12) Robert Kubica (POL/BMW), 1min29s330 (7)
13) Nico Rosberg (ALE/Williams), 1min29s367 (20)
14) Adrian Sutil (ALE/Force India), 1min29s756 (23)
15) Giancarlo Fisichella (ITA/Force India), 1min29s811 (23)
16) Mark Webber (AUS/Red Bull), 1min30s088 (21)
17) David Coulthard (ESC/Red Bull), 1min30s340 (13)
18) Sébastien Bourdais (FRA/Toro Rosso), 1min30s388 (19)
19) Sebastian Vettel (ALE/Toro Rosso), 1min30s426 (21)
20) Kimi Raikkonen (FIN/Ferrari), 1min30s732 (3)

quarta-feira, 7 de maio de 2008

5º ato: GP da Turquia

Menos de nove meses após a edição 2007 do GP, a Fórmula 1 volta a acelerar na Turquia, único país euro-asiático, com pequena parte de seu território situado no continente europeu (conhecida como Trácia) e o restante em solo asiático (Anatólia), a receber uma etapa da principal classe do automobilismo mundial.

A prova será disputada no circuito de Kurtkoy, localizado em Istambul, construído há pouco mais de quatro anos pelo arquiteto alemão Herman Tilke, o mesmo sujeito responsável pelo desenho das pistas da China, Bahrein e Malásia.

Assim como em Interlagos, o traçado de 5.338 metros do autódromo turco é percorrido em sentido anti-horário e classificado pelos pilotos como um dos mais desafiadores da atualidade. A curva 8 em especial, formada por três velozes segmentos de reta e contornada para a esquerda, é a mais comentada entre os competidores.

Nela, a força da gravidade age de tal forma que consegue deslocar a cabeça do corredor para o lado oposto da trajetória, o que torna a preparação física um item de enorme importância para se agüentar as 58 voltas da corrida, em uma média de velocidade em torno dos 220 km/h.

Outro aspecto semelhante entre os circuitos turco e brasileiro é a primeira curva em “S”, trecho que costuma registrar confusões nas largadas, com rodadas e batidas. Por isso, não se espante se alguns carros se estranharem nesse ponto na etapa do domingo.

Em termos de equipamento, Istambul exige um carro com média carga aerodinâmica e que tenha bons freios, pois embora a pista seja rápida, possui algumas curvas lentas situadas após setores de alta velocidade, o que implica em reduções bruscas.

Resta observar qual será a influência neste ano do fator temperatura, já que a corrida mudou de data; trocou o forte calor de verão pela primavera. De acordo com o “Weather Channel”, os termômetros devem variar entre 9ºC e 17ºC no fim de semana, com céu aberto.

Há ainda a forte presença dos ventos, ingrediente extra para dificultar a pilotagem e aumentar a dor de cabeça de mecânicos e engenheiros na busca do melhor acerto para o conjunto. Isso sem falar na sujeira que o vento acaba levando para a pista.

No calendário desde 2005, o GP da Turquia por enquanto só foi vencido por quem largou na pole-position: Kimi Raikkonen, com a McLaren, no ano de estréia, e Felipe Massa, de Ferrari, em 2006 e 2007. No próximo domingo, essa escrita dificilmente fugirá à regra, mas seria ótimo ter um resultado fora dos padrões atuais, não? Torçamos por isso então.

Ficha técnica - GP da Turquia
Circuito de Kurtkoy, em Istambul
Extensão: 5.338 m
Voltas: 58 (309.356 km)
Número de curvas: 14 (8 para a esquerda, 6 para a direita)
Velocidade máxima: 320 km/h
Provas realizadas: 3
Recorde de pole-position: Kimi Raikkonen em 2005 com a McLaren (1min26s797)
Melhor volta em corrida: Juan Pablo Montoya em 2005 com a McLaren (1min24s770)

segunda-feira, 5 de maio de 2008

Boletim turco

Saindo do forno uma nova edição do “Minuto Stop & Go Brasil”, para aquecer a semana do GP da Turquia. No boletim de hoje, destaque para o provável favoritismo da Ferrari em Istambul e a obrigatoriedade da McLaren em partir com tudo para o confronto pela vitória nesta pista de média-alta velocidade, com curvas rápidas e um traçado percorrido em sentido anti-horário, como o de Interlagos. Confira!

segunda-feira, 27 de agosto de 2007

Salto em confiabilidade


Williams abandona em San Marino; só mesmo no Grand Prix 2

Uma das características mais marcantes da Fórmula 1 até a metade dos anos 90 era a imprevisibilidade dos carros da categoria. Não era raro termos corridas em que mais da metade dos competidores abandonavam, ou, em alguns casos, em que menos de dez carros completavam a prova.

Novas tecnologias, evoluções, confiabilidade aumentada exponencialmente. O GP da Turquia de 2007 teve apenas um abandono - o de Mark Webber, algo aparentemente inimaginável há algum tempo. Isto significa que 95% dos carros que largaram completaram a corrida.

Portanto, se você quiser ver problemas elétricos, de óleo, de câmbio, de superaquecimento do motor, entre outros, duas opções: colocar um DVD/VHS de temporadas passadas ou jogar o divertido GP2 no seu computador.

Cinco vitórias no currículo, duas em Istambul

Vencer uma corrida de Fórmula 1 é um privilégio para poucos pilotos — algo que apenas 98 conseguiram nos 57 anos de existência da categoria. Conquistar mais de uma vitória em um mesmo circuito, então, é uma façanha ainda mais difícil.

Felipe Massa, com todos os méritos, passou ontem a fazer parte dessa segunda estatística ao faturar o GP da Turquia, prova que marcou no ano passado a primeira consagração de sua carreira no certame.

Para o Brasil, a vitória numa mesma pista por duas temporadas consecutivas não acontecia desde 1993, com Ayrton Senna em Mônaco. No caso do tricampeão, em particular, foram cinco conquistas seqüenciais nas ruas do Principado, onde passou a ser chamado de Rei pelas seis proezas alcançadas.

Rubens Barrichello, das suas nove vitórias computadas, obteve duas em um único traçado. Foi em Monza, na Itália, nos anos de 2002 e 2004. Para Massa, a dupla conquista ainda pode se repetir em 2007 caso vença o GP do Brasil. Poderia haver lugar melhor para isso?

Ao vencer pela terceira vez nesta temporada, Felipe também garantiu outro retrospecto positivo para a sua nação, que não sabia o que era comemorar uma trinca ou mais de etapas desde 2002, quando Barrichello subiu quatro vezes ao topo do pódio.

Restam mais cinco provas para Massa buscar a posição de número 1 e, quem sabe, ainda se sagrar campeão.

domingo, 26 de agosto de 2007

Briga esquenta nos construtores

Se não houver erros da McLaren, a única chance que a Ferrari passa a ter para reverter a situação do campeonato é por meio de dobradinhas. Neste domingo, a equipe italiana conseguiu a sua segunda do ano, sendo a primeira com Felipe Massa à frente de Kimi Raikkonen.

O 1-2 alcançado na Turquia fez a escuderia vermelha descontar oito pontos da adversária prateada no mundial de construtores. A diferença caiu para 11 pontos, mas pode subir para 26 caso o time de Ron Dennis recupere os 15 tentos somados no GP da Hungria, os quais foram descartados por conta da punição imposta pela FIA (Federação Internacional de Automobilismo) após o atrito entre Lewis Hamilton e Fernando Alonso no treino classificatório.

Mas o curioso a se observar é o fato de esta ter sido apenas a terceira vez que a Ferrari soma mais pontos que a McLaren em 12 corridas realizadas. Além de Istambul, foi melhor no Bahrein e na França. No GP da Inglaterra, ficaram empatadas com 14 cada uma.

Mundial de construtores:
1) McLaren-Mercedes, 148* pontos
2) Ferrari, 137
3) BMW, 77
4) Renault, 36
5) Williams-Toyota, 22
6) Red Bull-Renault, 16
7) Toyota, 12
8) Super Aguri-Honda, 4
9) Honda, 1

*sem os 15 pontos conquistados no GP da Hungria.

Novo empate histórico do quarteto

Após 12 etapas, temos o registro de três vitórias para cada um dos quatro postulantes ao título mundial, um feito inédito na categoria. O interessante é que se este equilíbrio permanecer até o final da temporada, alguém terá subido pelo menos uma vez a mais no alto do pódio, já que há um número ímpar de provas — 17.

Na classificação, Lewis Hamilton segue na liderança com 84 pontos e apenas cinco de vantagem sobre Fernando Alonso, o único piloto que terminou e pontuou em toda a dúzia de corridas disputadas. Regularidade esta que fez o espanhol descontar nove tentos do inglês nos últimos quatro GPs.

Entre os companheiros da Ferrari, uma inversão de lugares. Kimi Raikkonen, de um ponto a mais sobre Felipe Massa, passou a ter um a menos em relação ao brasileiro. Em quinto e confortável, segue Nick Heidfeld, seguido do polonês Robert Kubica. Para fechar a ordem natural de forças do campeonato deste ano, aparecem os dois carros da Renault, mas pela primeira vez com Heikki Kovalainen à frente de Giancarlo Fisichella.

Nico Rosberg, mesmo sem a sorte de Alexander Wurz — que subiu duas vezes ao pódio em provas atípicas —, vai se aproximando do austríaco na base da consistência. É o décimo da tabela, com quatro pontos a menos que o parceiro de Williams.

Rubens Barrichello, no pior certame da carreira, segue sem um mísero pontinho. Será que ele vai mesmo conseguir a façanha de fechar 2007 zerado?

Mundial de pilotos:
1) Lewis Hamilton, 84 pontos
2) Fernando Alonso, 79
3) Felipe Massa, 69
4) Kimi Raikkonen, 68
5) Nick Heidfeld, 47
6) Robert Kubica, 29
7) Heikki Kovalainen, 19
8) Giancarlo Fisichella, 17
9) Alexander Wurz, 13
10) Nico Rosberg, 9
11) Mark Webber, 8
12) David Coulthard, 8
13) Jarno Trulli, 7
14) Ralf Schumacher, 5
15) Takuma Sato, 4
16) Sebastian Vettel, 1

17) Jenson Button, 1

Com competência, Felipe vence a 3ª no ano

Em termos de emoção, o GP da Turquia ficou muito distante de ser aquele pelo qual nós, torcedores esperançosos e sedentos para ver ultrapassagens na pista, aguardávamos. Mas para a briga pelo título de 2007 o resultado foi fantástico, muito bom para Felipe Massa e Fernando Alonso.

O brasileiro da Ferrari conquistou neste domingo a quinta vitória de sua carreira, a terceira neste ano, e recuperou o terceiro lugar na tabela de classificação, tendo ele agora um ponto de vantagem sobre Kimi Raikkonen, o segundo colocado na etapa turca.

Fosse o finlandês o vencedor, certamente a escuderia de Maranello passaria a priorizar o “homem de gelo” na batalha pelo campeonato. Não foi o caso e neste momento é Massa, restando cinco corridas para o término da temporada, quem passa a depender de apenas mais um desfecho de prova melhor que o do companheiro para ter argumentos concretos em exigir o tratamento de número 1 dentro do grupo. E essa decisão acontecerá em Monza, casa do time italiano, diante de um mar vermelho de torcedores tifosi!

Massa, que não subia ao topo do pódio desde maio, no GP da Espanha, deu seqüência a sua característica de ser quase imbatível quando larga na ponta. Todas as suas vitórias foram assim, mas nenhuma foi tão saborosa como a de hoje, cujo principal valor foi tê-lo colocado de volta na batalha pelo mundial. Ele só não fez a volta mais rápida, que ficou com Raikkonen. Um mero detalhe.

No caso de Kimi, pagou o preço de ter perdido a pole-position, o que praticamente sentenciou seu resultado na etapa, como ele mesmo afirmou na coletiva de imprensa. Fez uma boa largada ao saltar de terceiro para segundo, pressionou o parceiro em alguns momentos, mas pecou pela falta de constância. Para quem disse que era a hora de arriscar, fez muito pouco.

Fernando Alonso, em sua centésima participação em Grandes Prêmios, completou o pódio na terceira posição valendo-se mais da sorte do que os méritos pessoais. Podemos dizer que em matéria de desempenho esta foi a primeira derrota que sofreu de Lewis Hamilton, afinal cada um trabalhou isolado neste fim de semana — não houve troca de informações entre seus engenheiros na McLaren e mesmo assim o inglês foi superior, largando na frente do espanhol, apesar de mais pesado no treino.

Mas o sorriso do bicampeão na cerimônia de premiação mostrou que ele pouco ligou para este tipo de análise. O que importou para ele foi ter se beneficiado com o azar do companheiro, que teve o pneu dianteiro direito do carro estourado, e diminuído para cinco pontos a vantagem do britânico na classificação, faltando ainda 50 tentos em jogo.

Ao receber a bandeirada em quinto, Hamilton ainda viu o placar passar de 21 para 15 em relação à Massa e de 20 para 16 sobre Raikkonen. Os rivais reduziram a distância e a pressão sobre o novato só tende a aumentar nesta reta final de temporada.

Em quarto, quebrando a seqüência de Ferrari e McLaren, posicionou-se o constante Nick Heidfeld, em mais um merecido quarto lugar para a BMW. O alemão fez uma boa largada ao ultrapassar Alonso e seguiu no seu ritmo, somente aguardando por um vacilo de algum dos carros da frente para tirar vantagem. Hoje foi o de Lewis, e Nick aproveitou a brecha.

Ao contrário do tedesco, Robert Kubica teve um rendimento decrescente na pista de Kurtkoy. Andou em terceiro até o primeiro pit-stop — sendo ele o mais leve da pista e o primeiro a parar — e foi ficando para trás aos poucos, tendo de se contentar com a oitava posição.

À frente do polonês vieram dois que fizeram muito por merecer o resultado alcançado: Heikki Kovalainen em sexto com a Renault, com direito a algumas voltinhas na liderança, e Nico Rosberg com o sétimo posto para a Williams. Com os três pontos conquistados, o finlandês ultrapassou Giancarlo Fisichella na classificação, estando com dois tentos a mais em relação ao italiano (19 a 17). Vale lembrar que será deste placar que provavelmente sairá o companheiro de Nelson Ângelo Piquet para o certame de 2008.

Já que citamos o nome de um brasileiro, terminemos por destacar o veterano da nação verde-amarela, que largou de último e chegou em 17º. Corrida apagada a de Rubens Barrichello, que ficou quatro posições atrás de Jenson Button. Pelo menos desta vez não foi o último dentre os que completaram o GP. Aliás, somente Mark Webber abandonou, o que mostra quão alta é a resistência desses bólidos ao andar em regime máximo de potência debaixo de uma temperatura ambiente em torno dos 36ºC.

A Fórmula 1 parte agora para três dias de testes coletivos no tradicionalíssimo circuito de Monza, na Itália, o palco da 13ª etapa do calendário. Os ensaios acontecem a partir de terça-feira e já devem antecipar o panorama da próxima prova, agendada para o dia 9 de setembro. Se não houver surpresas, vai dar Ferrari. Tanto em Monza como na Bélgica. Só resta saber se com Massa ou Raikkonen.

sábado, 25 de agosto de 2007

Charme feminino no paddock de Istambul





Sem comentários sobre elas...

Ele é demais, realmente!

Titônio Massa, o pai de Felipe, fez sem dúvida o melhor comentário para a pole-position conquistada pelo filho neste sábado, no GP da Turquia. “Ele é fo...”, disse o patriarca da família, no exato momento em que a TV o mostrava para o mundo inteiro.

Foi a quinta pole do brasileiro na temporada deste ano, a oitava de sua carreira, mas a mais importante de todas, alcançada em uma fase decisiva do campeonato. Parafraseando o eterno campeão Ayrton Senna, a situação era de “ou vai ou racha”. E Massa foi neste primeiro ato.

Mesmo com um carro aparentemente mais pesado que o de Kimi Raikkonen, Felipe fez uma volta na medida certa, cravada em 1min27s329, sendo apenas 0s044 superior ao giro de Lewis Hamilton, o segundo colocado. O finlandês da Ferrari, pagando pelos erros cometidos em sua volta lançada, teve de se contentar com o terceiro posto. Em quarto, com pinta de estar com mais combustível, ficou o espanhol Fernando Alonso.

Vencida a batalha pela posição de honra do grid, Massa segue agora para o capítulo final da história da etapa turca, sabendo que dispõe do melhor carro em ritmo de corrida. Se não errar e seu companheiro de equipe não pular para segundo na largada, dificilmente a vitória escapará das mãos do brazuca amanhã.

Meu palpite, aliás, é uma dobradinha vermelha com Felipe e Kimi. Alonso completa o pódio, seguido de Hamilton. Com esse desfecho, o Mundial parte para a etapa de Monza, casa da Ferrari, com a disputa pelo título pegando fogo. O que todos nós, acredito, gostaríamos de ver.

Sobre o restante do grid, foi atípica a diferença de 0s315 entre Robert Kubica e Nick Heidfeld, que largam em quinto e sexto. Ficou a ligeira impressão de que o alemão optou por uma estratégia de mais gasosa em relação ao polonês, tática já adotada pelo tedesco em outras ocasiões neste ano.

A sétima posição de Heikki Kovalainen mostra que o finlandês merece ser mantido na Renault para 2008, ao lado de Nelson Ângelo Piquet. Amadureceu bastante nas últimas provas e começa a mostrar que, com um bólido veloz nas mãos, pode dar trabalho aos adversários. Fiquemos de olho nele.

Mas quem de fato deveria ter uma chance em time de ponta é Nico Rosberg. O alemãozinho colocou a Williams na oitava posição, ficando à frente de Jarno Trulli e Giancarlo Fisichella. Neste domingo, em condições normais, pode até brigar por um sétimo lugar.

Já Rubens Barrichello disse ter chegado ao limite do seu Honda para fazer o 14º tempo. Jenson Button, em declaração parecida a do brasileiro, afirmou que andou tudo e mais um pouco. Foi o 15º, mas vai partir de último em função da troca de motor anunciada pela montadora japonesa. Enquanto isso, Anthony Davidson conseguiu extrair algo a mais de seu Super Aguri e alcançou a 11ª posição. O que falar sobre isso?

O que podemos dizer com toda a sinceridade é que a
Fórmula 1 já não dá mais para Fisichella, Alexander Wurz e Ralf Schumacher. Este último, em especial, só renova por milagre; ou por burrice da Toyota. Obteve um vergonhoso 18º lugar na classificação, diante de uma nona colocação de seu parceiro de equipe.

A corrida amanhã terá início às 9h00, no horário de Brasília. Programe seu relógio para não perder esta prova, porque se for parecida com as duas edições anteriores do GP da Turquia, promete ter muitas ultrapassagens na pista. Torçamos por isso!

sexta-feira, 24 de agosto de 2007

Ferrari em vantagem na Turquia

Italianos só pensam em dobradinha nesta corrida.

Lewis Hamilton liderou o segundo treino livre para o GP da Turquia, mas foram os pilotos da Ferrari os mais velozes desta sexta-feira no circuito de Istambul, confirmando as previsões de que o time de Maranello chegaria com alguma vantagem na luta pela vitória desta etapa.

O inglês da McLaren dominou a segunda sessão do dia com o giro de 1min28s469, 0s293 superior ao registrado por Kimi Raikkonen, mas ao mesmo tempo 0s481 acima da marca estabelecida pelo finlandês no ensaio da manhã.

Felipe Massa, que aparentou ter trabalho no acerto de corrida, assim como seu parceiro de equipe, ficou com a quinta posição neste último treino, atrás das surpreendentes Toyota de Ralf Schumacher e Jarno Trulli, que ocuparam a terceira e quarta colocações.

Somente em sexto apareceu Fernando Alonso, dando pintas de esconder o jogo de Hamilton — podem apostar que as sextas-feiras serão assim até o final da temporada. Em sétimo, novamente num bom desempenho com o carro mediano de que dispõe, veio o alemão Nico Rosberg.

A decepção do momento vem sendo a BMW, décima colocada com Robert Kubica e 13ª com Nick Heidfeld. A Honda, no 14º e 15º lugares com Jenson Button e Rubens Barrichello, esboçou uma ligeira melhora em relação ao fiasco das suas últimas atuações e considerando a porcaria de carro que possui. Mas ainda assim, está muito distante de um bom resultado, tratando-se de uma grande montadora.

Outro ponto a se destacar é o duelo entre os pilotos da Toro Rosso. Vitantonio Liuzzi, sem emprego para 2008, foi de novo mais rápido que a jovem estrela Sebastian Vettel. Foram 19º e 20º respectivamente. Esta, vale lembrar, será a segunda corrida do alemãozinho na escuderia de Gerhard Berger.

Voltando a falar sobre os carros lá da frente do grid, o que se pode dizer é que a Ferrari tem boas chances de fazer a dobradinha neste domingo. E quem vencer, provavelmente será eleito o número 1 para brigar pelo título; o mais sensato nesta altura do mundial.

Tempos combinados da sexta-feira:
1) Kimi Raikkonen (FIN/Ferrari), 1min27s988
2) Felipe Massa (BRA/Ferrari), 1min28s391
3) Lewis Hamilton (ING/McLaren-Mercedes), 1min28s469
4) Ralf Schumacher (ALE/Toyota), 1min28s773
5) Jarno Trulli (ITA/Toyota), 1min28s874
6) Fernando Alonso (ESP/McLaren-Mercedes), 1min28s947
7) Nico Rosberg (ALE/Williams-Toyota), 1min28s995
8) Heikki Kovalainen (FIN/Renault), 1min29s025
9) Alexander Wurz (AUT/Williams-Toyota), 1min29s093
10) Robert Kubica (POL/BMW Sauber), 1min29s368
11) David Coulthard (ESC/Red Bull-Renault), 1min29s435
12) Giancarlo Fisichella (ITA/Renault), 1min29s456
13) Nick Heidfeld (ALE/BMW Sauber), 1min29s641
14) Jenson Button (ING/Honda), 1min29s945
15) Rubens Barrichello (BRA/Honda), 1min30s055
16) Takuma Sato (JAP/Super Aguri-Honda), 1min30s104
17) Mark Webber (AUS/Red Bull-Renault), 1min30s315
18) Anthony Davidson (ING/Super Aguri-Honda), 1min30s384
19) Vitantonio Liuzzi (ITA/Toro Rosso-Ferrari), 1min30s612
20) Sebastian Vettel (ALE/Toro Rosso-Ferrari), 1min30s801
21) Adrian Sutil (ALE/Spyker-Ferrari), 1min31s153
22) Sakon Yamamoto (JAP/Spyker-Ferrari), 1min31s175

Na base do Ctrl C...

Acho que já vi esse bico antes..

Durante a entrevista coletiva da qual participou ontem, em Istambul, David Coulthard disse que estava esperançoso por uma evolução da Red Bull com a nova asa dianteira que a equipe havia projetado para o modelo RB3. E foi no primeiro treino livre desta sexta-feira que o bico apareceu, com uma espécie de prateleira instalada sobre a base do aerofólio. Em outras palavras, uma cópia descarada da solução adotada desde o início da temporada pela McLaren.

Já estava demorando a aparecer um embalista do time prateado, afinal, na Fórmula 1 (será que é só na categoria?) as coisas são assim; faz-se algo vantajoso para o carro e logo alguém vem no vácuo com uma receita idêntica.

No caso de hoje foi a escuderia em que se encontra o projetista Adrian Newey, ex-empregado de Ron Dennis, que apertou as teclas Ctrl C e Ctrl V. Ele que, também, fez de seu primeiro projeto na Red Bull um irmão gêmeo do monoposto que havia construído para a McLaren em 2005.

Cópias à parte, o que vale é o resultado no cronômetro. E no primeiro ensaio livre para o GP da Turquia, a equipe de bebidas energéticas pouco intimidou as adversárias. David Coulthard, com um motor estourado durante a sessão, foi apenas o 13º colocado, enquanto Mark Webber ficou num modesto 19º lugar.

Kimi Raikkonen, seguindo os prognósticos para a 12ª etapa do mundial, colocou a Ferrari na ponta da tabela de tempos, seguido do companheiro Felipe Massa. As McLaren, com Fernando Alonso e Lewis Hamilton, vieram na seqüência, mas bem distantes dos bólidos vermelhos — 1s234 entre Kimi e Fernando.

O melhor do resto foi o finlandês Heikki Kovalainen, da Renault. com a quarta passagem. Nico Rosberg, sempre veloz nos treinamentos com a Williams, obteve a quinta posição. Já Rubens Barrichello, em seu calvário na Honda, alcançou o 15º posto.

Veja os tempos do treino livre 1:

1) Kimi Raikkonen (FIN/Ferrari), 1min27s988 (22 voltas)
2) Felipe Massa (BRA/Ferrari), 1min28s391 (20)
3) Fernando Alonso (ESP/McLaren-Mercedes), 1min29s222 (20)
4) Lewis Hamilton (ING/McLaren-Mercedes), 1min29s261 (10)
5) Heikki Kovalainen (FIN/Renault), 1min29s346 (19)
6) Nico Rosberg (ALE/Williams-Toyota), 1min29s403 (23)
7) Ralf Schumacher (ALE/Toyota), 1min29s414 (24)
8) Giancarlo Fisichella (ITA/Renault), 1min29s541 (19)
9) Nick Heidfeld (ALE/BMW Sauber), 1min29s641 (20)
10) Jarno Trulli (ITA/Toyota), 1min29s685 (26)
11) Robert Kubica (POL/BMW Sauber), 1min29s710 (23)
12) Anthony Davidson (ING/Super Aguri-Honda), 1min30s384 (17)
13) David Coulthard (ESC/Red Bull-Renault), 1min30s398 (23)
14) Jenson Button (ING/Honda), 1min30s483 (17)
15) Rubens Barrichello (BRA/Honda), 1min30s580 (25)
16) Vitantonio Liuzzi (ITA/Toro Rosso-Ferrari), 1min30s612 (21)
17) Takuma Sato (JAP/Super Aguri-Honda), 1min30s624 (15)
18) Alexander Wurz (AUT/Williams-Toyota), 1min30s876 (12)
19) Mark Webber (AUS/Red Bull-Renault), 1min30s917 (22)
20) Sebastian Vettel (ALE/Toro Rosso-Ferrari), 1min31s383 (22)
21) Adrian Sutil (ALE/Spyker-Ferrari), 1min31s445 (31)
22) Sakon Yamamoto (JAP/Spyker-Ferrari), 1min32s270 (35)

quinta-feira, 23 de agosto de 2007

Tabu do centésimo GP

Fernando Alonso alcançará neste fim de semana, na Turquia, a marca de 100 participações em Grandes Prêmios na Fórmula 1. Tal façanha, porém, não costuma ser muito gentil com quem a atinge.

Oito dos 22 pilotos em atividade já ultrapassaram a barreira da primeira centena. Destes, somente três conseguiram terminar a corrida de número 100 de seus currículos, sendo que apenas um chegou ao pódio:
David Coulthard, segundo colocado com a McLaren no GP da Áustria de 2000.

No currículo de
Nick Heidfeld, consta que sua centésima participação em corridas aconteceu na Itália, em 2005. No entanto, o alemão ficou ausente desta prova, em função de um forte acidente sofrido nos testes coletivos em Monza, realizados semanas antes da etapa.

Vejamos, no domingo, como se sai o espanhol da McLaren.

Histórico do 100º GP*:
- David Coulthard: 2º lugar (GP da Áustria de 2000)
- Jarno Trulli: 8º lugar (GP do Brasil de 2003)
- Jenson Button: 8º lugar (GP da Itália de 2005)
- Rubens Barrichello: abandono (GP do Brasil de 1999)
- Giancarlo Fisichella: abandono (GP da Europa de 2002)
- Ralf Schumacher: abandono (GP do Japão de 2002)
- Nick Heidfeld: não correu (GP da Itália de 2005)
- Kimi Raikkonen: abandono (GP da Hungria de 2006)

*Pilotos em atividade.

Felipe e Kimi: lembranças parecidas de Kurtkoy

Em 2005, correndo pela Sauber, Felipe Massa perdeu o bico de seu carro ao tocar na Williams de Nick Heidfeld, na largada do GP da Turquia. Na seqüência, em prova de recuperação, o brasileiro foi traído pelo motor e deu adeus à disputa.

No ano seguinte, porém, fez uma volta precisa no treino de classificação e conquistou sua primeira pole-position na F-1. No domingo, comemoraria a vitória de número um da carreira.

Retrospecto semelhante em Istambul teve Kimi Raikkonen, que subiu no topo do pódio na corrida turca de 2005, a bordo do modelo MP4/20 da McLaren, após partir da posição de honra do grid.

Mas em 2006, o finlandês não passou da segunda volta do GP. Envolveu-se em um acidente na largada, tendo o pneu traseiro esquerdo estourado. Depois do pit-stop de reparos, perdeu o controle do bólido e bateu na barreira de pneus.

Round 12: GP da Turquia

Um país euro-asiático, com pequena parte de seu território situado no continente europeu (conhecida como Trácia) e o restante em solo asiático (Anatólia), receberá neste fim de semana a 12ª etapa do Mundial de Fórmula 1, o Grande Prêmio da Turquia.

A prova será disputada no circuito de Kurtkoy, localizado em Istambul, construído há pouco mais de três anos pelo arquiteto alemão Herman Tilke, o mesmo sujeito responsável pelo desenho das pistas da China, Bahrein e Malásia.

Assim como em Interlagos, o traçado de 5.338 metros do autódromo turco é percorrido em sentido anti-horário e classificado pelos pilotos como um dos mais desafiadores da atualidade. A curva 8 em especial, formada por três velozes segmentos de reta e contornada para a esquerda, é a mais comentada entre os competidores.

Nela, a força da gravidade age de tal forma que consegue deslocar a cabeça do corredor para o lado oposto da trajetória, o que torna a preparação física um item de enorme importância para se agüentar as 58 voltas da corrida, em uma média de velocidade em torno dos 220 km/h.

Outro aspecto semelhante entre os circuitos turco e brasileiro é a primeira curva em “S”, trecho que na largada da prova de 2006 causou uma enorme confusão, com rodadas e batidas. Por isso, não se espante se alguns carros se estranharem nesse ponto na etapa do domingo.

Em termos de equipamento, Istambul exige um carro com média carga aerodinâmica e que tenha bons freios, pois embora a pista seja rápida, possui algumas curvas lentas situadas após setores de alta velocidade, o que implica em reduções bruscas. Além disso, há o fator das altas temperaturas, que interfere em todo o conjunto do monoposto.

No calendário desde 2005, o GP da Turquia por enquanto só foi vencido por quem largou na pole-position: Kimi Raikkonen, com a
McLaren, no ano de estréia, e Felipe Massa, de Ferrari, em 2006. A conquista do brazuca, aliás, representou a sua primeira pole e vitória na Fórmula 1, detalhe que certamente servirá de incentivo para ele tentar repetir a façanha — num momento decisivo da temporada — no fim de semana. O mesmo vale para Raikkonen, que já disse estar disposto a adotar a estratégia do tudo ou nada a partir de agora.

Mas não pense que a dupla da McLaren entrará na pista sem motivações. Fernando Alonso, por exemplo, guarda a recordação de dois segundos lugares em Istambul, que contribuíram muito para a conquista de seus dois títulos mundiais. Fora isso, alcançará nesta corrida a marca de 100 GPs disputados e fará de tudo para diminuir a diferença que o separa de Lewis Hamilton na classificação.

Quanto ao jovem britânico, alcançou também duas segundas posições em Kurtkoy, pela GP2 no último ano, dando um passo importante para a conquista do título na categoria escola da F-1.

Podemos esperar, portanto, por uma etapa bastante acalorada e tensa. A Ferrari chega com um ligeiro favoritismo, por ter um carro mais equilibrado nos circuitos de média-alta velocidade e na obrigação de fazer uma dobradinha. É o único jeito, de agora em diante, de tentar reverter sua desvantagem no certame.

Já a McLaren parte para uma espécie de administração da gordura conquistada, mas ao mesmo tempo se depara com o possível duelo entre seus pilotos, ao qual todos nós aguardamos com ansiedade para ver. E fica aqui uma pergunta: o que acontecerá caso Alonso e Hamilton se encontrarem em uma disputa por posições? Se sair faísca, a Ferrari vai agradecer e muito!

A largada para a primeira das 58 voltas da prova turca está marcada para as 9h00 do domingo, no horário de Brasília. Esta não dá para perder!

Ficha técnica - GP da Turquia
Circuito de Kurtkoy, em Istambul
Extensão: 5.338 m
Voltas: 58 (309.356 km)
Número de curvas: 14 (8 para a esquerda, 6 para a direita)
Velocidade máxima: 320 km/h
Provas realizadas: 2
Recorde de pole-position: Kimi Raikkonen em 2005 com a McLaren (1min26s797)
Melhor volta em corrida: Juan Pablo Montoya em 2005 com a McLaren (1min24s770)