segunda-feira, 17 de março de 2008

Análise do 1º round

Lewis Hamilton: Há um ano, ele era uma jovem promessa que estreava com brilhantismo na Fórmula 1. No último fim de semana, o fenomenal vice-campeão conquistou de forma categórica sua quinta vitória no Mundial, sem dar sopa para erros ou azar. Fez a pole-position, dominou com tranqüilidade a prova e mostrou que seu talento nunca esteve ligado à presença de Fernando Alonso na McLaren.

Nick Heidfeld: Mais sorte do que méritos próprios fizeram o alemão alcançar o oitavo pódio de sua carreira. Não fosse o abandono de Kubica e o azar de Kovalainen com a entrada do Safety-Car, dificilmente teria participado da festa do champanhe. Foi regular e constante, como de costume.

Nico Rosberg: Há um bom tempo merecia conquistar seu primeiro troféu na categoria. Apesar de não ter um carro à altura de McLaren, BMW e Ferrari, o filho de Keke deve ser o principal aproveitador dos eventuais problemas enfrentados pelas integrantes do TOP 3, beliscando assim novos pódios ao longo do ano.

Fernando Alonso: A alegria da Renault e o melhor piloto da atualidade. Se estivesse a bordo de um McLaren em Melbourne, talvez nem mesmo Hamilton conseguisse superá-lo. No comando do monoposto francês, andou com a faca entre os dentes, “pendurado” do início ao fim do GP e obteve um ótimo quarto lugar para a equipe. Alonso enfrenta na Renault o mesmo desafio vivido por Michael Schumacher em 1996. E tal qual o alemão, conseguirá vencer pelo menos uma etapa com um bólido inferior.

Heikki Kovalainen: Só não terminou em segundo por conta da entrada do carro madrinha, que prejudicou sua parada nos boxes. Ponto positivo pela melhor volta da prova e por ter induzido o compatriota Raikkonen ao erro na briga pela segunda posição, mas leva um negativo por entregar de bobeira a quarta colocação para Alonso.

Kazuki Nakajima: Lembrou o pai, Satoru, na lambança que acabou com a boa corrida de Kubica. No entanto, soube aproveitar o bom pacote construído pela Williams para somar os primeiros pontos da carreira com um sexto lugar. Tal como o pai, cujo primeiro tento foi alcançado com uma sexta posição no GP de San Marino de 1987.

Sébastien Bourdais: O melhor dos estreantes, para o orgulho da nação francesa. Guiou como um experiente da categoria, deixando a desejar somente no ritmo de classificação, embora ele tenha alertado sobre suas dificuldades em voltas lançadas. Uma pena ter abandonado no finalzinho, por problemas de motor, mas levou ao menos dois pontos de bonificação.

Kimi Raikkonen: Sair da Austrália com um pontinho acabou sendo lucro para o Homem de Gelo, que cometeu erros nada condizentes para um campeão. O pior é que não fosse a pane no motor, ele teria provavelmente chegado em quarto; uma mostra do esforço da sorte em querer ajudá-lo. De respeitável, a ótima largada ao saltar do 15º para o oitavo lugar. De lamentar, a ida à brita no duelo com o conterrâneo Kovalainen e a rodada durante a tentativa de ultrapassagem sobre Timo Glock.

Robert Kubica: Bateu na trave na luta por aquela que teria sido uma surpreendente pole-position e bateram nele quando tinha praticamente garantido um lugar no pódio. Independente do desfecho ruim, foi um dos grandes nomes do GP.

Timo Glock: Uma reestréia difícil e dolorosa para o atual campeão da GP2, que protagonizou um forte acidente no final da corrida. Fez um bom trabalho no treino ao cravar o nono tempo do grid, mas foi muito discreto na prova.

Takuma Sato: Com um carro sem vergonha — aquela tranqueira utilizada pela Honda em 2007 —, conseguiu ao menos andar na frente do companheiro de equipe. Só isso.

Nelson Piquet: Sofreu muito com a pressão da estréia e andou abraçado com a zica durante todo o fim de semana. O carro não ajudou, a equipe idem, mas o piloto também ficou devendo. Resta aguardar a próxima etapa para termos uma melhor noção do potencial do rapaz.

Felipe Massa: Discreto na classificação, decepcionante no GP. Errou sozinho na largada e ao achar que David Coulthard abriria espaço para ele fazer a ultrapassagem do jeito que quisesse. No fim das contas ainda se nega a admitir que errou.

David Coulthard: Bem no treino oficial e até o momento de seu primeiro pit-stop. Vacilou ao fechar a porta no duelo com Massa, pagando caro pela escolha infeliz.

Jarno Trulli: Muito bem na classificação ao fazer o sexto tempo. Na corrida, foi traído por uma pane elétrica no modelo da Toyota, equipe que surpreendeu com o bom ritmo apresentado.

Adrian Sutil: Tomou mais de 0s6 do companheiro Fisichella na classificação e não completou a prova. Um saldo bastante ruim.

Mark Webber: Problema no treino, azar na largada e abandono precoce. Tudo o que um piloto da casa jamais desejaria.

Jenson Button: Tomou tempo de um inspirado Barrichello. Na corrida... não teve corrida.

Anthony Davidson: Ele esteve em Melbourne?

Sebastian Vettel: É o Hamilton em um carro mediano. Foi bravo na classificação ao levar o bólido da Toro Rosso até a Superpole e uma lamentável vítima do incidente da largada.

Giancarlo Fisichella: Teve um fim de semana decente e respeitável com o equipamento da Force Índia. Contudo, também não passou da primeira curva.

Rubens Barrichello: A grata surpresa para o Brasil. Mostrou que ainda tem arrojo e vontade para andar nas primeiras posições, além de capacidade para segurar carros muito mais velozes. A desclassificação foi correta pelo deslize cometido ao sair dos boxes no sinal vermelho, porém o mais importante foi a marca deixada. Que o Rubens do GP da Austrália desencante em todas as próximas etapas.

Um comentário:

Anônimo disse...

Fiquei muito feliz pelo Barrichello. Tomara mesmo que ele consiga andar assim mais vezes. Em relação à Ferrari, ainda a vejo como favorita ao título. A virada deve começar na Malásia.