sexta-feira, 5 de setembro de 2008

A hora da estrela

Primeiro disseram que a ausência do controle de tração seria crucial para o bom desempenho do piloto na temporada. Não foi. Andar bem em Mônaco e com pista molhada? Que é isso; muitos previram um fiasco. Não foi. Estourou o motor na Hungria; agora a afobação comprometerá a campanha rumo ao título. Não atrapalhou. Bom, desta vez ele não escapa, na Bélgica vai andar atrás do companheiro de equipe. Por enquanto não andou.

As barreiras vão surgindo e Felipe Massa as segue derrubando para a surpresa de muita gente na Fórmula 1. Seja em Spa-Francorchamps ou em qualquer outro lugar, faça chuva ou sol, o brasileiro parte para a briga pela vitória por uma simples razão: ele vive o seu grande momento na categoria. Sua estrela iluminou e felizmente está difícil de apagar.

De certa forma, o piloto protagoniza uma “trama” parecida com a do romance de Clarice Lispector. Tanto Massa como a personagem Macabéa possuem corpo franzino, são feios, desprezados por muitas pessoas e têm um Mercedes-Benz nos seus caminhos.

No caso do competidor, ainda falta alcançar e superar o carro prateado para encontrar sua desejada felicidade. Mas Felipe segue a jornada, sabe que só depende de si e de sua estrela ascendente para alcançar o sonho de ser campeão. Evoluiu da noite para o dia, assim de forma inesperada. Como aconteceu? A resposta pode interessar aos adversários, mas não para o brasileiro.

Ele continua acelerando, como fez hoje na Bélgica. Cravou o melhor tempo do dia e vai tentar a vitória no domingo, mesmo sabendo que as Mercedes e uma Ferrari farão de tudo para apagar seu brilho.

A hora é de Massa, não há dúvidas.

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