FOTO: REPRODUÇÃO/LAT
"Ao contrário de 2007, essas equipes dificilmente vão lutar pela vitória este ano".
Circuito de Nürburgring, Alemanha
Extensão: 5.148 m
Voltas: 60 (308.863 km)
Número de curvas: 15 (6 para a esquerda, 9 para a direita)
Velocidade máxima: 325 km/h
Provas realizadas: 37
Recorde de pole position: Michael Schumacher em 2004 com a Ferrari (1min28s351)
Melhor volta em corrida: Michael Schumacher em 2004 com a Ferrari (1min29s468)
Um circuito de longa história, construído em 1920 nos arredores do castelo medieval de Nürburg, localizado na região alemã de Eifel, receberá no próximo fim de semana a nona etapa do Mundial de Fórmula 1. Nürburgring será o palco do GP da Alemanha e marcará o início da segunda metade da temporada 2009.
No calendário atual, depois de Interlagos, é o traçado de maior altitude em relação ao nível do mar, o que implica na formação do ar rarefeito e ocasiona uma ligeira perda de potência dos motores, além de diminuir o consumo de combustível. Em poucas palavras, significa dizer que os carros mais equilibrados tendem a levar vantagem. A força do propulsor propriamente dita não é suficiente para se garantir um bom resultado.
Atualmente, uma volta em Nürburgring totaliza 5.148 metros, percurso muito pequeno se comparado ao desenho original da pista, que possuía impressionantes e desafiadores 22.810 m. Junto com a emoção, porém, o antigo circuito trazia muitos riscos aos pilotos. Niki Lauda que o diga.
Em 1976, o austríaco sofreu o mais grave acidente de sua carreira, justamente no autódromo alemão, ao bater contra o muro e ficar preso nas ferragens da Ferrari em meio às chamas. Pela dimensão do complexo, o resgate levou muito tempo para prestar socorro. Para a sorte do campeão, o amigo italiano Arturo Merzario parou sua Williams para resgatá-lo.
Com diversas queimaduras, além de graves danos pulmonares e sanguíneos, Lauda foi levado às pressas para o hospital, onde entrou em estado de coma. A gravidade de seu quadro clínico era tamanha que chegou a receber a extrema-unção de um padre.
Mas para a alegria e espanto positivo de todos, Niki escapou do pior, e 42 dias depois do acidente já estava alinhado no grid do GP da Itália com sua Ferrari número 1 — terminaria a prova num heróico quarto lugar. As cicatrizes e deformações no rosto o acompanham até hoje, mas não o impediram de conquistar outros dois títulos mundiais na categoria. Um verdadeiro tricampeão, exemplo de coragem e determinação.
Após a quase tragédia de 76, Nürburgring ficou de fora do calendário por oito anos, retornando somente em 1984, porém totalmente reformulado, com uma pista muito menor que a anterior. Dos mais de 22 km, passou para uma extensão de 4.542 m.
Passadas as edições de 84 e 85, o traçado foi novamente retirado do Mundial. O segundo retorno aconteceria uma década depois, graças ao sucesso de um certo Michael Schumacher no certame que motivou os chefões do esporte a promover uma outra corrida na Alemanha, além da de Hockenheim. Iniciava-se, então, a saga do GP da Europa — chamado de GP de Luxemburgo em 1997 e 1998.
Dali em diante, a pista passaria por pequenas alterações. A mais sensível delas em 2002, quando ganhou uma nova sequência de curvas no primeiro setor, que acarretou num avanço de 4.556 m para 5.146 m.
O traçado atual mescla retas e curvas de média e baixa velocidade, que sugerem a escolha de um acerto médio de pressão aerodinâmica. O asfalto é muito liso, bastante aderente e de baixo desgaste de borracha. Entre os componentes mais exigidos do carro estão os freios, especialmente na freada da reta principal e na desaceleração para a “chicane do Schumacher”, que faz o acesso para a conclusão da volta.
O recordista de vitórias em Nürburgring é Michael Schumacher, com cinco conquistas em casa. A última delas foi alcançada em 2006, numa prova que registrou também o primeiro pódio de Felipe Massa na F-1. O brasileiro chegou em terceiro, atrás de Fernando Alonso.
Em 2007, o traçado germânico assistiu a uma corrida recheada de pontos altos: teve chuva torrencial nas primeiras voltas, pista seca logo em seguida, o retorno do aguaceiro no fim e um duelo com direito a toque de rodas e discussão entre Massa e Alonso, o vencedor.
Para o próximo domingo, a briga entre Brawn e Red Bull pode ser a mais apertada do ano, já que as características do circuito tendem a ser favoráveis para o carro de Jenson Button, mas a temperatura amena (como prevê a meteorologia) joga em favor do monoposto de Sebastian Vettel. Some a este confronto os nomes de Rubens Barrichello e Mark Webber, que costumam andar forte em Nürburgring. O brasileiro com direito a uma vitória por lá, em 2002.
Ficha Técnica
No calendário atual, depois de Interlagos, é o traçado de maior altitude em relação ao nível do mar, o que implica na formação do ar rarefeito e ocasiona uma ligeira perda de potência dos motores, além de diminuir o consumo de combustível. Em poucas palavras, significa dizer que os carros mais equilibrados tendem a levar vantagem. A força do propulsor propriamente dita não é suficiente para se garantir um bom resultado.
Atualmente, uma volta em Nürburgring totaliza 5.148 metros, percurso muito pequeno se comparado ao desenho original da pista, que possuía impressionantes e desafiadores 22.810 m. Junto com a emoção, porém, o antigo circuito trazia muitos riscos aos pilotos. Niki Lauda que o diga.
Em 1976, o austríaco sofreu o mais grave acidente de sua carreira, justamente no autódromo alemão, ao bater contra o muro e ficar preso nas ferragens da Ferrari em meio às chamas. Pela dimensão do complexo, o resgate levou muito tempo para prestar socorro. Para a sorte do campeão, o amigo italiano Arturo Merzario parou sua Williams para resgatá-lo.
Com diversas queimaduras, além de graves danos pulmonares e sanguíneos, Lauda foi levado às pressas para o hospital, onde entrou em estado de coma. A gravidade de seu quadro clínico era tamanha que chegou a receber a extrema-unção de um padre.
Mas para a alegria e espanto positivo de todos, Niki escapou do pior, e 42 dias depois do acidente já estava alinhado no grid do GP da Itália com sua Ferrari número 1 — terminaria a prova num heróico quarto lugar. As cicatrizes e deformações no rosto o acompanham até hoje, mas não o impediram de conquistar outros dois títulos mundiais na categoria. Um verdadeiro tricampeão, exemplo de coragem e determinação.
Após a quase tragédia de 76, Nürburgring ficou de fora do calendário por oito anos, retornando somente em 1984, porém totalmente reformulado, com uma pista muito menor que a anterior. Dos mais de 22 km, passou para uma extensão de 4.542 m.
Passadas as edições de 84 e 85, o traçado foi novamente retirado do Mundial. O segundo retorno aconteceria uma década depois, graças ao sucesso de um certo Michael Schumacher no certame que motivou os chefões do esporte a promover uma outra corrida na Alemanha, além da de Hockenheim. Iniciava-se, então, a saga do GP da Europa — chamado de GP de Luxemburgo em 1997 e 1998.
Dali em diante, a pista passaria por pequenas alterações. A mais sensível delas em 2002, quando ganhou uma nova sequência de curvas no primeiro setor, que acarretou num avanço de 4.556 m para 5.146 m.
O traçado atual mescla retas e curvas de média e baixa velocidade, que sugerem a escolha de um acerto médio de pressão aerodinâmica. O asfalto é muito liso, bastante aderente e de baixo desgaste de borracha. Entre os componentes mais exigidos do carro estão os freios, especialmente na freada da reta principal e na desaceleração para a “chicane do Schumacher”, que faz o acesso para a conclusão da volta.
O recordista de vitórias em Nürburgring é Michael Schumacher, com cinco conquistas em casa. A última delas foi alcançada em 2006, numa prova que registrou também o primeiro pódio de Felipe Massa na F-1. O brasileiro chegou em terceiro, atrás de Fernando Alonso.
Em 2007, o traçado germânico assistiu a uma corrida recheada de pontos altos: teve chuva torrencial nas primeiras voltas, pista seca logo em seguida, o retorno do aguaceiro no fim e um duelo com direito a toque de rodas e discussão entre Massa e Alonso, o vencedor.
Para o próximo domingo, a briga entre Brawn e Red Bull pode ser a mais apertada do ano, já que as características do circuito tendem a ser favoráveis para o carro de Jenson Button, mas a temperatura amena (como prevê a meteorologia) joga em favor do monoposto de Sebastian Vettel. Some a este confronto os nomes de Rubens Barrichello e Mark Webber, que costumam andar forte em Nürburgring. O brasileiro com direito a uma vitória por lá, em 2002.
Ficha Técnica
Circuito de Nürburgring, Alemanha
Extensão: 5.148 m
Voltas: 60 (308.863 km)
Número de curvas: 15 (6 para a esquerda, 9 para a direita)
Velocidade máxima: 325 km/h
Provas realizadas: 37
Recorde de pole position: Michael Schumacher em 2004 com a Ferrari (1min28s351)
Melhor volta em corrida: Michael Schumacher em 2004 com a Ferrari (1min29s468)
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