segunda-feira, 3 de março de 2008

Ciclo de carreira

Quando estamos começando a estudar os seres vivos, no início do primário, aprendemos que todos os animais - e também o homem - nascem, crescem, desenvolvem-se e morrem. Já adultos, nem paramos para pensar nisso, de tão óbvia que essa verdade se torna.

Mas vale a pena resgatar esse ciclo, ou parte dele, e modificá-lo em alguns aspectos para exemplificar aquilo que deverá ser a participação dos pilotos brasileiros na temporada de 2008 da Fórmula 1.

Começando por Nelsinho Piquet, aquele que viverá um ano de aprendizado, ou seja, "crescimento". Campeão de 2004 da F-3 Inglesa, o filho do tricampeão mundial Nelson Piquet passou dois anos na GP2 antes de ser oficializado como piloto de testes da Renault. No final de 2007, o jovem foi confirmado como companheiro de Fernando Alonso para a próxima temporada, também na equipe francesa.

Não podemos esperar que Piquet tenha um campeonato de estréia assim como Lewis Hamilton no ano passado, isto é, brigando com Alonso milésimo a milésimo na pista e criando inimigos dentro da própria equipe fora dela (lembremos que Flavio Briatore não é Ron Dennis). Seria prematuro cobrar tal desempenho de Nelsinho tão cedo, por mais que se tenha um alto nível de expectativa sobre o seu futuro na F-1.

Aprender com a experiência do espanhol, tentar andar próximo a ele durante o ano e não cometer muitas bobagens é o grande desafio do garoto de 22 anos nesse início de carreira. Pontos, quando vierem, serão lucro.

Num momento completamente diferente da carreira estará Felipe Massa. Aquilo que caracterizaríamos como "desenvolvimento" na cadeia de vida, no caso do ferrarista, será a fase afirmação dentro da própria equipe como nome forte e capaz para ser campeão.

Não há como negar que Massa foi quem se deu pior com o título de Kimi Raikkonen em 2007. Apesar do discurso pró-equipe, Felipe sabe que o finlandês ganhou ainda mais pontos com a cúpula de Maranello, enquanto ele próprio teve que, até mesmo, aturar boatos que apontavam para a sua saída da Ferrari.

Que Felipe Massa é rápido, ninguém duvida. Talvez o mais arrojado de todos os 22 pilotos da categoria. O grande problema que cerca o brasileiro se chama inconstância, termo que precisará ser vetado do vocabulário e do desempenho do piloto de 26 anos em 2008.

Por fim, o experientíssimo Rubens Barrichello, inegavelmente perto da aposentadoria - algo como a "morte" no nosso já mencionado ciclo. Um homem cuja carreira poderia ter sido muito mais vitoriosa não fossem as inúmeras pressões e críticas que sempre recebeu, de todos os lados.

O ano de 2007 foi o pior da carreira de Rubinho, não trouxe nenhum ponto sequer para a conta de piloto de 35 anos de idade e 15 de carreira na F-1. As perspectivas para esta temporada, infelizmente, também são bastante desanimadoras, já que a Honda esteve sempre na rabeira das tabelas de classificação durante a pré-temporada.

Eterno "número 2 de Schumacher", Rubens deverá ter a cabeça fria e trabalhar duro para tentar obter melhorias para o seu novo carro. Só assim para pensar em conseguir algum resultado positivo em 2008.

4 comentários:

Anônimo disse...

Em resumo...um ano difícil para todos os brasileiros da categoria.

Anônimo disse...

O Nelsinho tem que ir com a faca nos dentes. Mas uma coisa me preocupa: na F1 ele não poder o apoio que o pai deu em todas as outras categorias. Claro que vai ter a ajuda dele em dicas e até mesmo em set up do carro (mas os anos mudam muito e o que o Piquet sabe sobre os carros de F1 de hoje?).
Nas categorias de base o Piquet sempre comprava o carro vencedor no ano anterior para o filho correr.
E como o Prost disse: com a tecnologia de hoje qquer um pode vencer se tiver o carro certo.
Por enquanto tudo é incógnita. Tirando que o Rubens vai de novo se dar mau, o resto é novidade.

Anônimo disse...

Desde que foi para a Europa, o Nelsinho passou a contar com menos ajuda do pai. O plano do Nelsão foi fazer com que o filho aprendesse a andar com as próprias pernas. Por isso, não acho que o Piquet Jr. terá tanta dificuldade na F-1.

Anônimo disse...

massa será praticamente o brasileiro que vira mais forte na minha opinião!!

Piquet talves surpeenda pois ele tem chances de fazer uma boa temporada

rubinho Na minha opinião sera o pior!